Projeto estabelece punição para quem proibir amamentação de bebês


Por Redação JB Litoral Publicado 15/04/2015 às 15h00 Atualizado 14/02/2024 às 07h03

  Estabelecimentos públicos ou privados do Paraná que constrangerem, reprimirem ou proibirem mães de amamentar bebês em seu interior, podem ser punidos com multas e até podem ser fechados. É o que estabelece projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (15) pelo deputado Tercílio Turini (PPS).
  Além assegurar às mães o direito de amamentação, onde quer que estejam, a intenção é estimular a prática do aleitamento materno.“O leite materno pode reduzir em 13% as mortes por causas preveníveis em crianças de até cinco anos. Para se ter uma ideia do que isso representa, o percentual é maior do que as mortes evitadas por vacinação ou pelas condições sanitárias proporcionadas por saneamento básico”, diz o deputado, baseado em dados do Ministério da Saúde.Turini destaca que o aleitamento materno evita mortes infantis, diarreias e infecção respiratória; diminui riscos de alergias, hipertensão, colesterol alto e diabetes; reduz chances de obesidade e tem efeito positivo na inteligência da criança. “Para a mãe, ajuda na proteção contra o câncer de mama”, acrescenta. Outro benefício importante é o fortalecimento dos vínculos entre a mãe e o bebê. O contato direto e contínuo entre mãe e filho aumenta os laços afetivos, transmite segurança e proteção ao bebê e realça o sentimento de realização e autoconfiança à mulher.

  O deputado salienta que, apesar do caráter extremamente benéfico, ainda ocorrem situações de mulheres serem constrangidas ao amamentar seus bebês em determinados locais.“É um absurdo, mas ainda tem gente que considera obsceno e acaba inibindo e até não permitindo o aleitamento”, aponta. Ele informa que apresentou o projeto tomando como modelo lei sancionada nesta semana no município de São Paulo. “É um bom exemplo que queremos trazer para o Paraná”, diz. 

  Pela proposta de Tercilio Turini, o estabelecimento que constranger ou proibir o ato da amamentação em suas instalações pode sofrer sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor. O projeto prevê prazo de 90 dias para o Governo do Estado regulamentar a lei, depois de aprovada, definindo como será a fiscalização e a quem deverão ser encaminhadas denúncias.