Projeto Marco Zero está captando recursos para restauro da Catedral Diocesana de Paranaguá


Por Luiza Rampelotti Publicado 28/03/2022 às 08h04 Atualizado 17/02/2024 às 04h54
A Paróquia de Nossa Senhora do Rosário é a igreja mais antiga do Paraná, construída em 1578. Foto: JB Litoral

A Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, Catedral Diocesana de Paranaguá, é uma das edificações mais antigas do Paraná, datada de 1578. A igreja foi o marco central do povoado e da vila que começou a crescer ao seu redor.

Ao lado do templo, ficava o antigo cemitério da vila, obra dos pioneiros Jesuítas e colonizadores portugueses. Em 1967, a Catedral Diocesana foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

De lá para cá, não há notícias sobre a realização de um restauro na estrutura da primeira igreja em solo paranaense. Por isso, o padre Emerson Zella passou a buscar ajuda para que uma reforma pudesse acontecer.

Em 2021, três empresas decidiram montar um consórcio para esse fim. A Inspire-C Arquitetura, Urbanismo e Patrimônio Cultural, FN Patrocínios e Núcleo de Mídia e Conhecimento deram início ao Projeto Marco Zero, o qual foi submetido para aprovação pela Lei de Incentivo à Cultura Federal (antiga Lei Rouanet) e, em fevereiro deste ano, foi aprovado.

Agora, a preservação da estrutura física, a modernização do espaço e o resgate histórico da construção da Catedral está mais perto de acontecer. “A partir de agora, estamos buscando a captação de recursos para a realização do projeto de restauro, isto é, para que sejam levantadas quais as necessidades, de que modo deverá ser feito etc.”, explica Felipo Nichetti, da FN Patrocínios.

O valor necessário é de R$ 1.2 milhão e qualquer pessoa pode participar destinando parte de seu Imposto de Renda. “A destinação via Pessoa Física se dá caso a pessoa faça sua declaração do Imposto de Renda pelo Formulário Completo, neste caso, pode-se destinar até 6% do Imposto tanto a pagar quanto a restituir. Já para a Pessoa Jurídica, empresas que tributam pelo Lucro Real, podem destinar até 4% do IR devido”, informa.

Empresas podem contribuir por meio de Renúncia Fiscal


O padre Emerson comemora e pede a ajuda dos moradores e empresas locais. “Essa é uma iniciativa que busca chamar a atenção para o patrimônio histórico que temos em nossa cidade e da importância de investimentos para que ele se mantenha em pé, em atividade, podendo atrair turistas e pessoas interessadas na história do Paraná”, diz.

Para ele, o Projeto Marco Zero é o pontapé inicial para o começo de vários outros projetos de restauro dos demais patrimônios históricos localizados em Paranaguá. “É uma alegria ver que estamos mais perto de alcançar o nosso objetivo a partir da Lei de Incentivo Cultural que irá nos possibilitar angariar recursos através de impostos tanto de empresas jurídicas quanto de pessoas físicas”, comemora.

Padre Emerson Zella foi quem deu início à busca por ajuda para realizar o restauro da Catedral Diocesana. Foto: Catedral Diocesana

O padre pede para que toda a comunidade católica, bem como a população, se una para a realização do restauro da Catedral Diocesana. “Agora somos chamados à união, a juntarmos forças para que possamos desenvolver esse projeto de restauro e levar ao conhecimento das pessoas o patrimônio histórico e cultural que é a nossa Catedral. Fazer com que isso se torne realidade é o grande objetivo de todos os católicos da cidade, mas também de todos os homens de boa vontade que desejam manter a história de Paranaguá”, conclui.

Felipo Nichetti convida, ainda, às empresas que se situam no município a contribuírem. “Vincule a sua marca a essa empreitada cultural, arquitetônica e religiosa do Marco Zero. Empresas podem fazer parte desse legado de preservação, sem custo, por meio da Renúncia Fiscal. O retorno se dará por gerações que vão conviver com esse elo entre passado e futuro preservados por empresas que sabem do seu papel social no presente!”, finaliza.