Quarentena restritiva segue até o dia 21 no litoral – em 134 cidades acaba amanhã


Por Luiza Rampelotti Publicado 14/07/2020 às 19h24 Atualizado 15/02/2024 às 12h58
GUARATUBA DE CIMA

No início da noite desta terça-feira (14), o Governo do Estado informou que, a partir de amanhã (15), a “quarentena restritiva” imposta a 134 municípios que fazem parte de sete Regionais de Saúde (RS) – Curitiba e Região Metropolitana, Cascavel, Londrina, Toledo, Cianorte, Cornélio Procópio e Foz do Iguaçu – está encerrada.

Nestes locais, o governo estabeleceu, por meio do Decreto 4.942/20, no dia 30 de junho, o fechamento de todas as atividades não essenciais, ou seja, shoppings, comércios, academias, salões de beleza, bares e restaurantes (a não ser por delivery) durante 14 dias, devido ao crescimento dos casos de coronavírus. Segundo o governo, a decisão foi tomada por orientação da vigilância epidemiológica.

No entanto, como a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, que engloba as sete cidades do litoral, só foi incluída no decreto mais de uma semana depois, no dia 08 de julho, as restrições serão mantidas, a princípio, até a próxima terça-feira (21). Ou seja, todas as atividades não essenciais permanecem fechadas.

Mercados, supermercados e similares podem abrir as portas de segunda a sábado, das 7 às 21 horas – no domingo, são obrigados a fechar. O fluxo de pessoas é de 30% da capacidade total. A cada acesso, apenas uma pessoa por família pode entrar, sendo vedada a entrada de menores de 12 anos.

MPPR sugeriu que litoral entrasse antes na quarentena

Apesar da demora para a determinação de medidas mais rígidas de combate à pandemia no litoral, o Ministério Público do Paraná (MPPR) já havia solicitado, no dia 29 de junho, soluções mais drásticas, por parte do governador Ratinho Junior (PSD), especialmente, na região Leste, a qual inclui os municípios litorâneos.

De acordo com o órgão, existiam indicativos de colapso na oferta de ações e serviços de saúde nas cidades. Naquela ocasião, 77% dos leitos de UTI estavam ocupados e havia a falta de sedativos, anestésicos, bloqueadores neuromusculares e substâncias utilizadas na sedação e intubação de pacientes.

Além da alta taxa de ocupação dos leitos na data (29 de junho), naquele momento, o litoral registrava 520 casos confirmados de coronavírus, com 10 óbitos. Passados 15 dias, nesta terça-feira (15), a 1ª RS confirma 1652 casos e 36 mortes, ou seja, um aumento de mais de 68% com relação ao número de infectados pela doença, e de 72% no número de pessoas que perderam a vida.