Rafael Passos comemora 10 anos do lançamento de seu maior sucesso, “Eu Vou Mudar”, e anuncia novidades


Por Redação JB Litoral Publicado 08/09/2019 às 22h10 Atualizado 15/02/2024 às 08h12

Prata da casa, o cantor e compositor parnanguara, Rafael Passos, tem grandes projetos para 2019, ano em que seu maior sucesso, a música “Eu Vou Mudar”, completa 10 anos de lançamento. Cantando profissionalmente a partir dos 13 anos, ele busca seu lugar ao sol, em carreira solo, desde 2011, quando voltou às suas origens sertanejas.

Rafael passou a se destacar no mundo da música durante apresentações em festivais escolares, mas o dom de cantar nasceu com ele. “Desde criancinha eu amo cantar, minhas maiores inspirações são Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Chororó, Bruno e Marrone e outros”, diz.

Em 2008, resolveu aceitar um novo desafio e passou a ser vocalista do grupo de pagode Nosso Toque, onde permaneceu por dois anos, até decidir investir na carreira solo. Porém, antes disto, em 2009, fez sucesso com sua primeira canção autoral. “Nunca cheguei a trabalhar nesta música, não gravei em estúdio na carreira solo. Na verdade, naquela época, ela foi uma gravação amadora que vazou na internet e as pessoas começaram a baixar no celular, ficando em primeiro lugar nas rádios de todo o Litoral e se expandiu. Esta música, diferentemente daquelas impulsionadas à força, foi o público quem abraçou”, conta.

Até o craque Neymar cantou

Ele relembra que, naquele ano, até mesmo o craque Neymar twittou um trecho da canção, o que trouxe ainda mais visibilidade. Além disto, duplas famosas como João Neto e Frederico, Conrado e Alexsandro e a cantora sertaneja Nayara Azevedo entraram em contato para obter autorização para gravar a música. Porém, na época, Rafael não imaginava a dimensão de divulgação que a internet proporcionava. “Só passei a entender, o quanto a música poderia fazer sucesso, a partir do momento que comecei a sair da cidade, quando chegava em outros locais e via as pessoas cantando minha música, pedindo para tirar foto comigo”, diz. Hoje, ela tem mais de dois milhões de visualizações no Youtube.

Apesar de ter autorizado outros cantores a gravar sua canção, até o momento, ninguém realizou o lançamento. “Acho que é para estourar comigo. Por isto, neste ano, estamos produzindo o single Eu Vou Mudar, terá lançamento e, pela primeira vez, será uma música de trabalho”, comemora.

Discografia

Durante a carreira solo, Rafael Passos já lançou três CDs – o primeiro, em 2011, intitulado Eu Vou Mudar; o segundo, em 2013, Rafael Passos Ao Vivo; o terceiro, em 2016, Deixa Rolar, gravado em São Paulo. Para este ano, além da divulgação do single, lançará o primeiro DVD Ao Vivo, chamado Novos Rumos.

Meu objetivo é o mesmo de tantos outros inseridos no mercado – ser reconhecido nacionalmente, expandir minha música não apenas na minha região. A maior dificuldade para o artista, que não tem boas condições financeiras, é encontrar parceiros que invistam no trabalho e, há muito tempo, venho tentando isto, mas é muito difícil. Então, faço música da minha maneira simples, divulgando apenas na internet, cantando em bares e restaurantes”, declara o músico.

Mas, mesmo com todos os obstáculos, ele é um sucesso na internet, possui fãs espalhados pelo Brasil, os quais são fiéis e acompanham seu trabalho desde o início. Em sua página no Facebook, Rafael tem mais de 70 mil fãs e, no Youtube, está chegando aos 75 mil inscritos. A meta é conquistar 100 mil ainda em 2019. “Sem dúvidas, somos o maior canal de música do Litoral”, diz.

Desafio de ser músico em Paranaguá

Com centenas de composições que ainda não foram gravadas, em sua maioria retratando o amor e suas experiências, o artista relata a dificuldade que é tentar viver da música em Paranaguá. “Batalhamos tanto, buscamos nossos sonhos, investimos na carreira em um mercado que não é barato, mas quando vamos buscar reconhecimento na nossa própria cidade, não temos. Sou parnanguara, sofri muito e sofro até hoje aqui”, lamenta.

Para ele, falta valorização aos artistas locais, mas para os que vêm de fora, tem de sobra. “Morei um ano em Umuarama e tive uma experiência muito positiva, fui muito bem recebido, valorizado, não existia esta guerra entre os artistas, todos se acolhiam e a própria cidade me acolheu muito bem”, conta.

Ele diz que isto aconteceu com ele, um artista de fora, mas que os locais eram ainda mais valorizados, como Paulo Di Lima e Renan e Pedro Paulo e Alex, duplas de Umuarama e que foram muito incentivados no início da carreira. “Eles não tinham a dificuldade que eu tenho na minha cidade, é triste. O município entendia que com o crescimento deles, a cidade cresceria junto. Não sei se devo ter esperanças, na realidade em que vivo, em Paranaguá, mas acredito que isto deveria mudar, que os artistas locais sejam mais valorizados, empresários estendam a mão de uma maneira melhor, porque o nosso crescimento, é o crescimento da nossa cidade”, conclui.