Richa deve reduzir cargos do PMDB em novo mandato


Por Redação JB Litoral Publicado 08/10/2014 às 08h00 Atualizado 14/02/2024 às 03h20

A disposição das forças partidárias que cercam o governador Beto Richa (PSDB) será alterada em um segundo mandato. Depois da maratona dos dias finais de campanha e de uma série de entrevistas na segunda-feira, o governador tirou o dia de ontem para descansar. Ainda assim, o segundo governo já começa a ser desenhado em conversas com aliados.

Uma das certezas é que o PMDB não vai manter as duas pastas que comandava até antes da eleição – as secretarias do Trabalho e Meio Ambiente. Indicados da legenda no segundo e terceiro escalão de outras secretarias também serão afastados.

No Palácio Iguaçu, o entendimento é de que é difícil prever qual caminho vai trilhar o partido no estado. Mesmo com a reeleição de aliados de Richa – caso dos deputados Alexandre Curi e Luiz Cláudio Romanelli – e o fortalecimento dos chamados dissidentes, existe a percepção de que o senador Roberto Requião (PMDB) ainda exerce forte influência nas bases da legenda. Garantir espaço aos peemedebistas seria visto como mau sinal por lideranças de partidos que estiveram com Richa durante a campanha.

Por outro lado, políticos que se destacaram na organização da campanha devem ganhar espaço. O caso mais emblemático é do deputado federal Eduardo Sciarra (PSD). Ele é cotado para a Casa Civil. A influência do deputado federal Ricardo Barros (PP) e de sua esposa, Cida Borghetti (Pros), vice de Richa, também deve se intensificar. Há a possibilidade de um aliado do clã assumir alguma secretaria, como Indústria, Comércio e Mercosul ou mesmo de Cida ser nomeada secretária.

Outro que tem vaga ga­ran­tida é Ratinho Júnior (PSC), deputado estadual mais votado do Paraná, com 300 mil votos.  Se quiser, Ra­­tinho assume a Secretaria de Desenvolvimento Urbano. O deputado, porém, não des­­carta disputar a presidência da Assembleia com o apoio dos 11 compa­nhei­ros de chapa que ajudou a eleger.

Outra novidade viria na Segurança. A ideia é retomar as negociações para nomear o delegado da Polícia Federal José Alberto Iegas. Ele chegou a ser confirmado para o cargo no início de 2014, mas a transferência não foi autorizada pelo governo federal. Iegas é diretor de Inteligência da PF.