Rio Branco quer pagar dívida de aproximadamente R$ 2 milhões com Ato Trabalhista


Por Redação JB Litoral Publicado 03/03/2021 às 14h32 Atualizado 15/02/2024 às 20h21
rio branco

Por Marinna Protasiewytch

Durante vários anos o Rio Branco Sport Club recebeu oficiais de justiça nas partidas realizadas em Paranaguá. O cobrador buscava os valores penhorados através de processos judiciais, na sua maioria, trabalhistas. Para tentar resolver estas questões, a nova diretoria do clube, que conta com o presidente Emerson de Oliveira, o Erminho, e o presidente do Conselho Deliberativo, Itamar Bill, está buscando a homologação de um Ato Trabalhista.

A medida judicial permite que parte dos recursos do clube seja destinada às dívidas e não o total de receita, como vinha sendo cobrado anteriormente.

“Como qualquer empresa precisamos ter uma equalização de despesas e receita. Para que nós possamos ter um planejamento real e executar ele. Concluímos que temos a necessidade deste Ato Trabalhista para que possamos ter dentro da nossa gestão ou de uma futura, uma tranquilidade de que o trabalho dentro de campo não será destruído fora de campo”, afirmou Itamar Bill.

Com o Estádio Nelson Medrado Dias, a Estradinha, colocado como garantia, avaliado em R$ 28 milhões, o clube segue aguardando a decisão do juízo. A expectativa é de que o Ato possa ser aprovado em abril.

Em entrevista ao JB Litoral, o advogado Marcio Suttile, representante do Rio Branco, disse que o estádio já estava sendo penhorado pelas dívidas, por tanto a inserção dele como garantia é algo positivo para o clube. “A gente faz uma inversão de valores, a Estradinha poderia ser leiloada direto, agora se algo não der certo e chegar ao ponto de vendê-la o clube tem a opção de fazer a venda direta, por um valor justo”, explicou.

Cerca de 70% dos processos envolvem ex-jogadores, ao todo o clube possui 41 ações ajuizadas em fase de execução. O valor total das dívidas era de R$ 1,9 milhão, mas após renegociações a diretoria rio branquista conseguiu diminuir para R$ 1,4 milhão.

Se aprovado, o Rio Branco terá três anos para quitar a dívida, que chegará a um total de R$1,7 milhão em razão dos juros, com parcelas progressivas iniciando em R$ 20 mil por mês chegando a R$ 60 mil em 2023.