Rio Branco viaja e tem jogo com o Toledo adiado 24 horas antes do início


Por Redação Publicado 28/02/2021 Atualizado 15/02/2024
rio branco, treino - Foto/João Laguna/RBSC

Por Marinna Protasiewytch

Parecia uma viagem normal. A delegação do Rio Branco deixou Paranaguá por volta das 12 horas de sexta-feira (26). O elenco viajou de ônibus até Cascavel, onde faria o último treino antes da partida contra o Toledo no CT da Serpente Aurinegra, no sábado. Por volta das 18 horas de sábado, o Leão da Estradinha recebeu o comunicado de que a partida não iria ocorrer.

A justificativa, apontada pela prefeitura municipal de Toledo, é de que o Ministério Público enviou uma recomendação para que quatro partidas do Paranaense não fossem realizadas. Foram elas Londrina x Maringá FC, FC Cascavel x Paraná Clube, Toledo x Rio Branco e Coritiba x Cascavel CR. No documento do MP os procuradores ressaltaram as medidas previstas pelo decreto estadual que impedem serviços que não são considerados essenciais de serem realizados, incluindo os jogos de futebol.

Já na cidade do oeste do estado, comissão técnica, elenco e diretoria optaram por realizar o treino para não atrapalhar o calendário de preparação do time para o Paranaense. O técnico Norberto Lemos lamentou o ocorrido, principalmente, por ser uma decisão que poderia ter sido antecipada. “É uma coisa desagradável, acho que o pessoal da saúde e do MP tem que rever essa questão antes de começar o campeonato e até mesmo antes da partida. Causou um transtorno muito grande com relação a treinamentos. Mas acatamos a decisão da saúde e vamos esperar pelo que será feito nessa semana”, disse o treinador.

Técnico Norberto Lemos lamenta toda a logística aplicada e desperdiçada (Foto/João Laguna/RBSC)

Gastos que poderiam ter sido evitados

Não é novidade que o Rio Branco vem buscando apoiadores para bancar os custos das viagens do Campeonato Paranaense. Para este primeiro desafio, mais de cinco empresas investiram seu capital na equipe de Paranaguá. Para o presidente do clube, Emerson Oliveira, o Erminho, a situação complica todo o planejamento. “É uma situação horrível para o clube, não só para o Rio Branco. Tudo envolve gastos e todos sabem que a situação de todos não é muito boa. A gente fez uma programação de viagem, nos deslocamos até Cascavel de onde esperávamos sair no domingo com destino a Toledo”, explicou.

Foram percorridos 598 km até Cascavel, mas as despesas vão além da gasolina e o ônibus para chegar até lá. “Tivemos gastos com duas diárias de hotel, com testes de Covid-19 e alimentação. Com os testes gastamos em torno de R$4 mil, mais R$7 mil de ônibus, soma também as diárias do hotel que chegam a uns R$8 mil. É um problema porque depois vamos ter que voltar e ter toda essa despesa novamente”, detalhou.

Impacto na preparação

O volante Paulo Henrique, que defende as cores do Rio Branco há anos e é um dos capitães do grupo, falou sobre o adiamento da partida, que trouxe um impacto grande para os atletas, que tentam se blindar das consequências dessa atitude.

“Foi um transtorno, tanto para atletas, quanto para diretoria. É uma coisa que poderia ter sido evitada, avisado antes. Fizemos uma boa viagem para ir e para voltar. Mas é manter o foco e não deixar isso atrapalhar o nosso trabalho. Não vamos deixar isso entrar para o grupo, continuar treinando e esperar para ver como será a próxima rodada”, disse o jogador.

Até o momento, a prefeitura de Paranaguá não se manifestou sobre o adiamento ou não do jogo da segunda rodada, quando o Rio Branco deve enfrentar a equipe do Cianorte, na Estradinha, às 16 horas. No entanto, no decorrer da semana novas medidas podem ser adotadas.