Roberto Justus ganha ação contra médico que o acusou de não pagar salários


Por Publicado 09/11/2021 às 21h51 Atualizado 16/02/2024 às 18h46

O prefeito de Guaratuba, Roberto Justus (DEM), ganhou uma importante ação judicial nesta segunda-feira (8). O processo por danos morais, contra um médico que prestava serviços ao município, corre desde 2019, quando o doutor do Pronto Socorro de Guaratuba se recusou a atender pacientes alegando que não estava recebendo seu salário.

O homem chegou a ser preso e o vídeo de sua revolta, quando alega que está há 2 meses sem salários, repercutiu nas redes sociais e tomou grandes proporções. À época, a prefeitura negou a falta de pagamento, informou ainda que o especialista era um contratado da Operação Verão e que todos os repasses municipais estavam em dia.

Como houve acusações direta a pessoa de Roberto Justus e, segundo a defesa do gestor, informações inverídicas, o chefe máximo do executivo municipal entrou na justiça buscando uma indenização pelas ofensas proferidas.

Dois anos depois, a decisão da juíza Giovanna de Sá Rechin define que o médico deverá pagar R$ 5 mil reais pelos danos morais contra Justus. Em conversa com o JB Litoral, o prefeito relembrou o ocorrido. “Um médico gravou vídeo protestando dizendo que eu não estava pagando os funcionários da saúde. Ele fez protesto no Pronto Socorro. Foi um troço maluco. Ele desenvolveu um raciocínio bastante fora da realidade, mesmo porque quem contratou ele foi o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa). Ele me atacou pessoalmente, me responsabilizou por algo que não existia, porque o Cislipa também não devia nada para ele. Esse médico inclusive chegou a ser preso no Pronto Socorro. O vídeo repercutiu bastante nas redes sociais e é difícil para a gente se defender”, diz o político.

Durante todas as etapas judiciais, Roberto Justus afirma que não houve conciliação e que essa decisão demonstra a importância de se ter cuidado com o que se fala. “Eu entrei com a medida judicial contra ele pedindo danos morais porque ele não podia falar nada daquilo contra mim. Fizemos uma audiência de conciliação e eu não aceitei. O processo seguiu, ele não contestou e a sentença o condenou a me indenizar. Recentemente a justiça conseguiu bloquear um valor e eu recebi a minha indenização. Eu recebo, portanto, essa indenização com bastante tranquilidade. Tenho formação jurídica e entendo qual a finalidade disso. Nós vivemos nas eras das redes sociais, onde as pessoas ainda não entenderam que elas podem ser identificadas. Tem muita gente que acha que pode se esconder atrás da internet e que pode falar o que bem entender, já que isso não dá nenhum tipo de responsabilidade”, comemora o prefeito.

O gestor vai além e critica o comportamento de alguns usuários nas redes sociais, os populares haters. “Quando a gente recebe uma decisão dessas, isso nos dá bastante tranquilidade. Sinal de que se você vai acusar alguém, você tem que ter um argumento, ou um mínimo de prova, caso contrário você vai ser responsabilizado. Que bom que a gente pode confiar na justiça, que bom que decisões como essas são proferidas e que elas sirvam de exemplo para todos aqueles que ainda não aprenderam a se manifestar nas redes ou que ainda não entenderam o alcance e o poder que as redes sociais tem, tanto do lado positivo como no negativo”, conclui.