O boletim semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), publicado na última terça-feira (6) aponta dois novos óbitos e 7.238 casos de dengue. As duas mortes aconteceram em Apucarana, no Norte do Estado, entre os dias 13 e 18 de janeiro. Morreram dois homens: um de 22 anos e outro de 73 anos, ambos sem comorbidades. Até agora, o Paraná registra oito óbitos pela doença, dentro do período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, com 29.075 casos confirmados. Porém, o Ministério da Saúde, já confirma 14 mortes e aponta outros 16 casos sob investigação, no Paraná.
Também segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses – Dengue, do Ministério da Saúde, Antonina tem uma morte confirmada, em decorrência da doença.
O caso
De acordo com o secretário de Saúde de Antonina, Odileno Garcia, o município ainda aguarda a confirmação, mas o caso considerado sob investigação pela prefeitura da cidade, trata-se de uma moradora de Antonina que faleceu no Hospital de Morretes.
“Ela foi atendida na rede municipal de Antonina, mas a família optou por voltar para casa e, no dia seguinte, procuraram atendimento na rede de Morretes, onde a paciente foi a óbito“, disse o secretário Odileno Garcia, em entrevista à Rádio Graciosa, na última quinta-feira (8).
“Não sabemos o motivo que levou à família a retirar a paciente de Antonina. Naquele dia tivemos 216 atendimentos. Agora já passamos de mil casos da, segundo nossos dados municipais“, completou.
O perigo mora na cidade
Ao contrário do que muita gente pensa, que a área rural é mais propensa à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, o secretário explicou que a área urbana de Antonina, ao contrário da vizinha Morretes, é maior, e concentra imóveis antigos, com muitas áreas propensas a serem criadouros, como calhas em alturas de dois ou três metros, dificultando o acesso.
“Antonina já está em epidemia e, ao contrário de Morretes, que o rio passa no meio da cidade, a nossa concentração urbana é maior e não passa o rio na cidade, em áreas próximas aos rios a incidência é menor dos mosquitos, pois os predadores naturais do mosquito estão nessas regiões”, afirmou Odileno.
Nova campanha
Na sexta-feira (9), o Governo do Paraná lançou uma nova campanha de combate à dengue. O objetivo é alertar a população sobre prevenção da doença. Ou seja, todos os cuidados para evitar que o Aedes aegypti se reproduza.
Com o mote “Olha a dengue aí!”, ela vai reforçar a importância de a população limpar seus quintais e outras áreas que possam acumular água – ambiente ideal para a procriação do mosquito – ressaltando que é fundamental a participação de toda sociedade.
“O momento da epidemia de dengue no Paraná é crítico. Precisamos redobrar nossos cuidados pessoais nas nossas casas, nos quintais, no terreno ao lado da nossa casa, nas praças públicas. E, principalmente, tem que ser feito o trabalho de todas as equipes de saúde dos municípios e do Estado. Quero conclamar todos nesse momento nessa luta contra o mosquito”, enfatizou o secretário de Estado de Saúde, Beto Preto.
O secretário afirma que a dengue é uma doença evitável se todos fizerem sua parte no combate. “Se não tivermos o mosquito, não teremos dengue e muito menos vamos perder vidas para a dengue. Por isso, o momento é de todo unirmos forças. O Paraná precisa trabalhar unido para termos paz e mandarmos a dengue embora”, concluiu.