Secretário de Urbanismo pede à população maior envolvimento com o Plano Diretor


Por Luiza Rampelotti Publicado 29/02/2020 às 10h33 Atualizado 15/02/2024 às 08h15

Desde 2019 acontece o processo de revisão do Plano Diretor de Paranaguá, que visa fornecer transparência para a política urbana definindo objetivos, diretrizes e definir objetivos, diretrizes e propostas de intervenção para o desenvolvimento municipal pelos próximos dez anos. O Plano conta com a participação empresarial, de técnicos municipais e comunitária, e terá sua conclusão em maio.

Em sua segunda fase, que se encerrou na última semana, o plano promoveu oficinas de “leitura comunitária” nos mais diversos bairros da cidade, ocasião em que moradores puderam apresentar quais são os problemas existentes em sua região.

No entanto, o secretário Municipal de Urbanismo, Koiti Cláudio Takiguti, informa que existe pouca participação popular nas oficinas. “O pessoal diz que não quer participar porque o Plano Diretor é para a prefeitura, mas é necessário entender que ele é para o povo. A prefeitura irá usar esse material para fazer o direcionamento de sua gestão. Ou seja, a população tem que decidir o que ela quer para os próximos dez anos. Somente por intermédio desse trabalho que o município irá fazer sua gestão procurando atender aos anseios da comunidade”, diz.  

Ele explica que, nesta última etapa, a empresa Safra Geotecnologia e Gestão Ltda, vencedora da licitação nº 001/2018 para realizar a revisão do plano, verificou os problemas existentes nos bairros. A partir de agora, em que se entra na parte final de diagnóstico, o objetivo é buscar propostas de melhorias. “Na terceira fase, que começa em abril, iremos trabalhar em um plano de ações, que definirá quais serão as obras a serem realizadas nos próximos anos”, diz.

Sugestões da população

O plano de ações será composto pelas ideais e propostas da população, apresentadas nas oficinas de leitura, para os próximos anos. Dentro de sua capacidade de execução, o Município irá criterizar as prioridades. “Os pedidos da população são iguais, ou seja, toda a comunidade tem as mesmas necessidades e interesses. Sendo assim, existe uma possibilidade de que 90% das propostas apresentadas sejam integradas ao plano. Os pedidos mais pontuais serão analisados e, se estiverem dentro da viabilidade técnica de execução e forem de interesse comum à população, também serão incluídos”, explica Koiti.

Segundo ele, é fundamental que a comunidade participe e se envolva com o Plano Diretor, promovendo ideias que irão beneficiar toda a cidade. “É importante as associações de bairro participarem. Elas deveriam, dentro de sua diretoria, mobilizar a comunidade, discutir e até levar propostas prontas, pois eles têm uma leitura melhor do bairro, já que vivem o dia a dia. Desta forma, vamos obter as melhores informações para fazer um plano diretor que possa trazer melhorias para o município”, conta.

O Plano Diretor trata das questões ambientais, urbanísticas, socioeconômicas, socioespaciais, de infraestrutura, serviços públicos e aspectos institucionais, abrangendo áreas urbanas e rurais da cidade, sendo uma ferramenta central no planejamento das cidades para os próximos 10 anos. É ele que deve promover o diálogo entre os aspectos físicos e territoriais e os objetivos sociais, econômicos e ambientais para o município.