Segurança do Porto de Paranaguá agora será feita também por cães


Por Publicado 11/02/2022 Atualizado 17/02/2024

Três cachorros de faro passam a participar das ações envolvendo a segurança do Porto de Paranaguá. A primeira ação ocorreu na última quarta-feira (2), em que foi realizada uma blitz de combate às drogas no cais público do Porto de Paranaguá.

Os trabalhos foram coordenados pela Unidade Administrativa de Segurança Portuária (UASP), com foco nos veículos que acessam a faixa primária, bolsas e mochilas de trabalhadores e motoristas.

A partir de agora, as vistorias (em conjunto com um pastor alemão e duas pastoras belga malinois) acontecem de forma aleatória e sem aviso prévio, com o objetivo de combater o tráfico internacional de drogas, situação que tem sido foco de agentes de todos os âmbitos, como a Polícia Federal, por exemplo.

Esse tipo de operação se soma aos esforços das autoridades que atuam com frequência na área privada do Terminal de Contêineres. “A intenção é aumentar a segurança e coibir a atividade criminosa”, explica o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Foto Inspeção: Sendo pioneiro na técnica, o Porto de Paranaguá é o único a utilizar cachorros em apoio aos agentes de segurança. Foto: Juliano Pedrozo/Portos do Paraná

Especializados em drogas

Os animais são treinados para detectar todos os tipos de entorpecentes, como ecstasy, LSD, haxixe, maconha, crack e cocaína.

Segundo o major César Kamakawa, chefe da UASP, as revistas são feitas, principalmente, durante a troca de turno dos trabalhadores: “O foco é na entrada de pequenas quantidades de drogas, que se somam e podem resultar em grandes quantidades. A intenção é coibir o uso da estrutura para acesso ao Terminal de Contêineres e posterior embarque clandestino nos navios”, justifica. 

Outra preocupação dos gestores da empresa pública é com com o uso pessoal de entorpecentes, já que a grande quantidade de funcionários não permite que haja um controle específico e individualizado – hoje a Portos do Paraná é a 2ª maior empregadora do município, perdendo somente para a administração pública.

Se a quantidade constatada for para uso, o encaminhamento é feito para a Polícia Militar. Caso configure tráfico internacional, acionamos a Polícia e Receita Federal, por se tratar de área alfandegada”, destaca o coordenador de Informações, Eduardo Domanski dos Santos.

As operações com cães farejadores pela autoridade portuária começaram no final de 2021 e se tornaram permanente neste ano. Nenhum outro porto no Brasil tem cães que atuam para a guarda portuária para complementar os serviços já prestados no controle de acesso de veículos e trabalhadores.