“Só peço justiça”, diz filho de mulher morta em SC; principal suspeito do crime se entregou em Guaratuba


Por Diogo Monteiro Publicado 23/05/2022 Atualizado 17/02/2024

Chegou ao 18º dia de buscas pelo corpo de Débora Custódio Arruda, 56 anos, que desapareceu na cidade de Piçarras (SC), no dia 5 de maio, após sair de um supermercado no litoral catarinense. A principal hipótese para o sumiço é a de que a mulher foi rendida e morta por um morador de rua.

O suspeito do crime foi preso após se entregar na 3ª Companhia da Polícia Militar, em Guaratuba, onde afirmou que estrangulou a vítima, ocultando o cadáver às margens da BR-101. Meirisson Moura disse aos policiais que depois de cometer o crime, abandou o veículo e um cachorrinho da família no bairro Coroados, em Guaratuba.

Em entrevista ao JB Litoral, Lucas Ramos Arruda, 27 anos, filho único de Débora, conta que está enfrentando o desespero de realizar as buscas pelo corpo da própria mãe sozinho. “Eu estou há 18 dias buscando pelo corpo dela aqui no bairro Vila Nova, em Joinville. Desde que ela desapareceu, minha vida virou um grande tormento e depois desse depoimento em que Meirisson Moura disse que teria assassinado minha mãe, estou aqui atrás de alguma pista que me leve ao local do corpo para terminar com esse sofrimento”, disse.

Lucas Arrruda, 27 anos está a procura do corpo de sua mãe em Santa Catarina. Foto: Arquivo Pessoal

Débora desapareceu após ser vista conversando com um morador de rua, testemunhas viram quando ele embarcou no carro e saíram juntos. Lucas acredita que esse foi o momento em que a sua mão foi rendida e sequestrada por ele. “Minha mãe sempre frequentou esse mercado e nesse dia ela encontrou o Meirisson, um rapaz jovem que usava uma sacola plástica para se proteger do frio e ficou com pena dele. Eles acabaram indo ao mercado para que ele comprasse o que queria. Em seguida, ela foi comprar algo para ele comer e acabou dando uma carona para ele, assim que saíram, andaram mais ou menos duas quadras, outras duas pessoas entraram no carro e daí em diante ela não foi mais vista”, contou Lucas.

O filho de Débora acredita que eles já haviam articulado e tramado cometer o crime contra a sua mãe. Somente dez dias depois, a família foi informada, pelas redes sociais, que o carro dela estava em Guaratuba. “O carro dela foi localizado por meio das redes sociais e nos dirigimos à cidade para buscar o veículo. O cachorro que estava no carro foi encontrado na casa de uma família que nos devolveu”, disse.

Buscas em Santa Catarina

Lucas relatou também que está realizando as buscas com a ajuda de amigos e familiares pelo local citado por Meirisson desde que ele confessou o crime. Ele procura pela região indícios de onde o corpo possa ter sido abandonado. “Eu estou andando aqui pela mata, já observei que existem alguns pontos em que veículos entraram pelo terreno. Achamos diversos caminhos e itens provavelmente de usuários de crack espalhados pelo chão. Não vamos desistir até encontrarmos o corpo dela”.

Lucas contar com o apoio de amigos e familiares, mas pede que a Polícia Civil de Santa Catarina continue empenhada na busca do corpo, para que ele possa dar um enterro digno à sua mãe. “Só peço justiça, quero muito que os dois outros sejam pegos para que digam onde o corpo foi escondido para que possamos nos despedir com um velório decente que minha mãe merecia”, finalizou.

O JB Litoral entrou em contato com a Polícia Civil de Piçarras (SC) questionando sobre as buscas pelo corpo de Débora Custódio. Até o fechamento desta matéria, não houve respostas. A reportagem pode ser atualizada a qualquer momento.