Terminais de Paranaguá devem exportar três vezes mais de janeiro a março, em comparação com 2021


Por Publicado 28/01/2022 às 17h31 Atualizado 17/02/2024 às 00h50

Os terminais que operam no porto de Paranaguá, Dom Pedro II, esperam carregar quase sete milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação nos primeiros três meses do ano. Em média, por mês, a previsão é embarcar 2,25 milhões de toneladas de soja, açúcar, milho e trigo.

A expectativa de aumento é cerca de 35% maior que as quase cinco milhões de toneladas movimentadas dos produtos em relação ao mesmo período do ano passado A alta esperada deve ser puxada, principalmente, pelo volume de soja que embarcará entre janeiro e março.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, mostra otimismo nas projeções e acredita que todas as métricas para o grande volume se concretizar estão postas. “Se as condições climáticas permitirem e os contratos forem fechados, temos tudo para que os operadores atinjam a meta esperada. A estrutura, a equipe e a expertise estão prontas para receber a nova safra, tanto no porto quanto nos terminais”, ressalta.

De soja, em grão, as empresas pretendem embarcar 4,5 milhões de toneladas pelo porto de Paranaguá, no 1º trimestre. “Especificamente em relação à soja, o que observamos é que o movimento não parou. Em dezembro, por aqui, foi exportada muita soja. E nesses primeiros 15 dias de janeiro, segue o mesmo ritmo”, afirma Garcia.

Volume crescente de soja

Enquanto em dezembro de 2020 o volume de soja exportado foi de 30 mil toneladas, no último mês de dezembro (2021) chegou a 650 mil toneladas. Em janeiro de 2021, foram 30 mil toneladas do produto. Neste mês, até o último dia 18, já haviam sido carregadas 381 mil toneladas.

Segundo os especialistas, a soja que está sendo embarcada agora ainda é da safra passada, que os produtores estavam segurando à espera do melhor momento para a venda. “Para dar uma regulada no preço, esperando melhorar, o produtor acaba sendo segurado. Porém, neste momento, em que ele precisa abrir espaço para receber a nova safra, ele precisa vender”, explica o diretor da Associação dos Exportadores do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá (Atexp), André Maragliano.

Com contrato fechado, e preços bons no mercado, os volumes de soja que chegam ao porto são maiores. “De outubro a novembro começou o aumento desse volume não esperado. Não tivemos a ‘entressafra’”, afirma.

Apesar da quebra prevista para a nova safra de soja, devido à seca enfrentada pelos agricultores, na lavoura há previsão de aumento nos volumes esperados, principalmente a partir de fevereiro. “O início da safra é sempre muito movimentado. Todo mundo posiciona navio (nos portos), todos têm contrato para cumprir e todo mundo já comprou soja, aumentando o fluxo dos caminhões”, conclui o diretor.