Índice de chuvas para fechamento de estradas no Paraná pode ser revisto, diz PRF


Por Flávia Barros

Toneladas de pedras foram removidas, mas trecho que sofreu deslizamento em 14 de outubro segue interditado parcialmente até que obras de contenção sejam realizadas / Foto: Rodrigo FelixLeal/SEIL

Vários pontos das rodovias que cortam o Litoral sofreram deslizamentos entre outubro e novembro do ano passado. As consequências ainda existem. Foto: Rodrigo FelixLeal/SEIL

Com uma primavera de chuvas acima da média e um 2023 marcado por restrições nas estradas devido às chuvas do verão 22/23, a preocupação agora é como ficará a mobilidade nas rodovias que cortam o Litoral com o verão 23/24, que se aproxima. Atualmente, há critérios para o fechamento de rodovias em casos de muita chuva, de forma a manter a segurança dos usuários. Na PR-410 (Estrada da Graciosa), por exemplo, o acumulado de chuva na região é critério para fechamento temporário da via, similar ao utilizado na BR-376, onde a concessionária que administra o trecho, Arteris Litoral Sul, com base em estudo de geólogo contratado, definiu que se chover 60 milímetros em 24h ou 160 milímetros em uma semana, a estrada deve ser bloqueada emergencialmente.

Mas a Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF) quer uma revisão dos índices pluviométricos definidos para fechamento de rodovias no estado. Segundo Fernando Oliveira, superintendente da PRF no Paraná, em entrevista à Rádio CBN de Curitiba, na noite dessa quarta-feira (15), uma reunião está marcada para dezembro deste ano com o Ministério Público Federal para tratar do tema.

Queremos discutir isso junto com a universidade e com o Ministério Público. Nós sabemos que se aproxima o período com chuvas mais intensas, me preocupa muito que tenhamos fechamentos frequentes e que uma avaliação talvez mais detida poderia concluir que eles não são tão necessários assim. O objetivo é garantir que na temporada tenhamos uma rodovia segura e aberta“, disse o superintendente.

2023 de restrições

Todos os acessos ao Litoral tiveram restrições e passaram por obras emergenciais ao longo deste ano devido aos deslizamentos ocasionados entre outubro e novembro do ano passado, com outras ocorrências do tipo, mas de menor gravidade, em datas posteriores. A única rodovia que teve a obra concluída foi a BR-277, com trabalhos realizados pelo governo do Estado e DNIT, nos trechos em Morretes. Estrada da Graciosa, também em Morretes, só teve o fim das restrições na última terça-feira (14), mas as obras seguem nas encostas. Já na BR-376, em Guaratuba, a Arteris Litoral Sul concluiu recentemente as obras emergenciais, mas as de reparo, de fato, no talude, ainda depende da liberação da ANTT, pois 80% da área a ser reparada está fora do limite da concessão. O impasse perdura desde o primeiro semestre.

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