TSE cassa mandado de deputado Alceuzinho Maron


Por Redação JB Litoral Publicado 13/03/2014 Atualizado 14/02/2024

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou na noite de quinta-feira (13) o mandato do deputado estadual Alceu Maron Filho (PSDB), conhecido como Alceuzinho, por infidelidade partidária. A decisão confirmou a sentença do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que já havia cassado o mandato de Maron. O parlamentar exercia a função na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Legislativa por força de uma liminar do TSE, que foi revogada nesta quinta.

Com esta decisão, quem assume a vaga na Alep é o suplente Felipe Lucas (PPS). Para a advogada Maria Claudia Bucchianeri, que representa Felipe Lucas, a decisão reafirma a jurisprudência do TSE em não admitir mudança de partido sem uma justificativa excepcional, que não foi demonstrada por Alceuzinho. “O acordão da decisão deve ser publicado em mais ou menos 30 dias e o presidente da Assembleia deve dar posse ao meu cliente. Não vejo possibilidades de qualquer alteração no julgamento porque houve uma decisão acertada e unanime do pleno do TSE”, disse a advogada.

Alceu Maron Filho conquistou a vaga de suplente de deputado pelo PPS nas eleições de 2010 e migrou para o PSDB para disputar a eleição para prefeitura de Paranaguá em 2012. Ele despontava como franco favorito para ser o prefeito de Paranaguá, mas após ser denunciado pelo Ministério Público no caso de venda de cargos no Porto de Paranaguá, Maron ficou apenas em terceiro lugar na eleição. Com a vitória em Ponta Grossa do então deputado Marcelo Rangel para prefeito, Alceuzinho assumiu a vaga do PPS na Assembleia Legislativa já estando no PSDB.

A reportagem da Gazeta do Povo falou na noite desta quinta-feira (13) com Felipe Lucas que disse estar feliz por ter a oportunidade de assumir a vaga de deputado. “Tenho certeza que está sendo feito justiça. Maron não foi fiel com o nosso partido e esta decisão faz com que o PPS assuma a vaga de deputado que conquistamos com muita luta”, disse Felipe Lucas.

Ainda na noite desta quinta-feira a reportagem conversou com o advogado Guilherme Gonçalves, que defendeu Maron neste mesmo caso no Tribunal Regional Eleitoral, mas o advogado disse que não defendeu Maron no julgamento em Brasília. O parlamentar não foi encontrado na noite desta quinta.