Um ano e meio em plena era da informática!


Por Redação JB Litoral Publicado 02/09/2014 Atualizado 14/02/2024

Na semana passada a secretaria de Urbanismo, Débora Ramos, admitiu a culpa da prefeitura na demora pela liberação do alvará para início das obras do Polloshopping, que resultou na readequação do projeto que estendeu sua liberação.

A secretária disse na coletiva que um ano é prazo suficiente para concluir todos os trâmites legais para liberação da obra, o que já é um prazo absurdo levando em conta o advento da internet e informatização dos processos no serviço público.

Mas já passa de um ano e meio e o local da obra, o antigo supermercado Condor, virou um mocó privilegiado em plena área central e, antes mesmo da demolição, desocupados tem contribuído para retirada da madeira, alumínio e ferro do prédio que tem ido parar nas lojas de ferro-velho da cidade.

A secretaria alegou que uma nova mudança no projeto por parte dos empreendedores resultou em reavaliação pela prefeitura, aumentando a demora. Mas o que secretária não disse, o porquê dos empreendedores alterarem o projeto. O JB teve acesso a esta informação e tomou conhecimento que a demora para liberação do projeto original, fez com que alguns empreendedores desistir de se instalarem em Paranaguá.

Em razão, desta desistência, os empreendedores foram obrigados alterar o projeto para adequá-lo as novas condições. Entre os parceiros comerciais que desistiram, esta uma que traria para cidade, cinco salas de cinema, sendo uma delas VIP, com 36 poltronas especiais e outros confortos.

De fato, Débora Ramos tem razão ao afirmar que, a alteração do projeto aumentou a demora, mas a readequação se deu por culpa única e exclusiva da prefeitura que não deu a devida atenção, para um empreendimento que trará 1.500 novos empregos, entre diretos e indiretos. E nisto, a indignação demonstrada pelo vereador Arnaldo Maranhão na Câmara e em seu programa de rádio é justificada, pois se uma administração não é célere numa ação desta, estes empregos podem escolherem outra cidade do litoral.

Em plena era das redes sociais e informatização cada vez mais eficaz, um ano e meio para liberar uma obra, é sinônimo de falta de vontade ou incompetência de uma administração.