Umamp lança campanha pedindo voto aos candidatos de Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 03/06/2014 às 21h00 Atualizado 14/02/2024 às 00h45

No dia 21 de maio, a União Municipal das Associações de Moradores de Paranaguá (Umamp), a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), o vereador Arnaldo Maranhão (PSB), representando a Câmara Municipal, compuseram a mesa no plenário da Casa Legislativa para o lançamento oficial da campanha “Paranaguá no Peito”, que tem a intenção de incentivar o voto dos parnanguaras exclusivamente para candidatos locais a deputado estadual e deputado federal. Na oportunidade, estiveram presentes os pré-candidatos a deputado federal, vereador Adalberto Araújo (PSB) e Marcelo Roque (PV) e os pré-candidatos a deputado estadual, vereador Márcio Costa (PRP), Fabiano Jamanta (PPS) e Vera Telles (PP).

Quem deu início à reunião foi o presidente da Umamp, Paulo Sérgio de Carvalho, o Paulinho Pastel, que afirmou a importância da campanha e a necessidade de eleger candidatos locais a deputado, para reforçar a representatividade política de Paranaguá no Paraná e no Brasil. Afirmando a necessidade de apoio a campanha “Paranaguá no Peito”, que é de autoria da Umamp, Pastel afirmou que os candidatos precisam colaborar financeiramente e  estrategicamente para a campanha, visto que “a Umamp e a Aciap não podem bancar tudo sozinhos”.

Ressaltando que a reunião na Câmara foi o pontapé inicial, o presidente ressaltou que irá intensificar a campanha nos bairros. O presidente da Aciap, Arquimedes Anastacio, afirmou que a campanha é importante para a cidade, frisando que os pré-candidatos serão os maiores beneficiados com isso. Ele ainda frisou que o prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) deveria ser o porta-voz da campanha, porém não quis algo que, segundo ele, “não lhe cabe julgar”.  O vereador Arnaldo Maranhão (PSB), representando a Câmara, defendeu a necessidade de que os presidentes municipais dos partidos não incentivem um excesso de candidaturas, que poderá tirar votos daqueles que mais tem potencial eleitoral.

Frisando a necessidade de conferir a densidade e viabilidade eleitoral de cada pré-candidato, Maranhão afirmou que os candidatos que terão pouca votação atrapalham os que têm condições de se elegerem, sugerindo dessa forma que a campanha se estenda para todo o litoral, como forma de angariar ainda mais eleitores conscientes da necessidade de representatividade da região. Nesse sentido, o presidente da Umamp respondeu que a campanha será feita em duas etapas, uma com foco na cidade e, mais próximo da eleição, em todo o litoral.

A campanha foi apresentada posteriormente por slides, onde se levantaram dados, como por exemplo, o alto número de eleitores em Paranaguá e no litoral, algo que totaliza cerca de 200 mil votos, somente no contexto parnanguara a expectativa é de que hajam 110 mil eleitores em 2014. A campanha é suprapartidária, feita por meios de divulgação midiáticos, redes sociais, outdoors, peças gráficas e com um site próprio (www.paranaguanopeito.com.br). O foco total é votar apenas nos candidatos do município, fazendo com que não haja evasão de votos para candidatos de fora do litoral.

Pré-candidatos e questão jurídica duvidosa

Na oportunidade, Arquimedes Anastacio argumentou que a questão jurídica é uma dúvida, pois “não sabemos como a Justiça interpretará a campanha”, se referindo à juíza federal de Paranaguá, Gabriela Hardt, com a qual haverá uma reunião na próxima semana, intermediada através da Aciap. O primeiro pré-candidato a abordar sobre a campanha foi Marcelo Roque (PV), que pretende concorrer ao mandato de deputado federal. Ele ressaltou que está à disposição da campanha e frisou a necessidade de que as coisas fiquem claras com as convenções partidárias que confirmarão todas as candidaturas no próximo mês.

A pré-candidata a deputada estadual, a empresária Vera Telles parabenizou a campanha, ela que é proprietária da TV Litoral Paraná, inclusive se comprometeu a não cobrar nenhum valor para que a campanha seja divulgada no seu veículo de comunicação. A única candidata mulher do litoral frisou ainda que há a necessidade que se faça uma pesquisa eleitoral para saber quais candidatos da cidade que tem condições de concorrerem e quais não tem, diante da possibilidade de tirarem eleição daqueles que tem chance de vitória.

O vereador Márcio Costa, pré-candidato a deputado estadual, elogiou a campanha, porém afirmou que a pesquisa eleitoral é uma questão delicada, visto que, quando foi eleito vereador em 2000, as pesquisas diziam que ele não teria potencial para isso, porem mesmo assim foi eleito. Além disso, o vereador  afirmou que há uma evidente importância no compromisso firmado com os partidos, afirmando que a questão é mais complexa do que apenas analisar a pesquisa de quem pode ou não concorrer. Focando que é favorável votar apenas em que é de Paranaguá, Márcio afirmou que está praticamente garantido como candidato, visto que é O 2 º vice-presidente do PRP, fato que o credencia a concorrer a eleição para a Assembleia Legislativa do Paraná.

Fabiano Oliveira, o Jamanta (PPS), pré-candidato a deputado estadual, afirmou que a democracia permite que qualquer um seja candidato, frisando a necessidade de que se vote em candidatos do litoral, deixando o seu nome à disposição para os parnanguaras. Ele defendeu que Paranaguá não pode deixar a oportunidade de eleger representantes nesta eleição e ressaltou que “depois não adianta reclamar” que não possuímos deputados do município.

O vereador Adalberto Araújo (PSB), pré-candidato a deputado federal, ressaltou a importância que se tenha um representante legislativo em Brasília, visto que, a partir de 2015, cada deputado federal brasileiro terá direito a emenda impositiva de R$13 milhões ao ano de forma obrigatória, dinheiro esse que deverá ser destinado a cidade e região, caso município eleja um deputado federal. Dr. Adalberto afirmou ainda que o voto distrital, que permitiria o voto somente para candidatos da região, seria uma forma de eleger mais representantes locais, pois políticos de fora não conseguiriam votos do litoral por proibição da Lei. Focando a necessidade de levar discussão ao povo, o vereador do PSB ressaltou a necessidade de que se observe não só as pesquisas de potencial eleitoral, como também o coeficiente eleitoral e o índice de rejeição de cada candidato, dados que devem ser levado em contas para que Paranaguá e o litoral não fiquem sem representantes nos próximos quatro anos.

Discussão esquenta

Com a reunião sendo aberta para participação da imprensa e dos presentes, o editor-chefe do JB, Gilberto Fernandes, acrescentou sua opinião sobre o fato, afirmando que nos últimos anos recursos vindos de deputados de fora da região propiciaram avanços na região, como é o caso do Aquário Marinho, que tem como um dos responsáveis o deputado Rasca Rodrigues (PV) e a reforma no ginásio de esportes Dr. Joaquim Tramujas, regularização fundiária no Parque Agari, entre outros foram fruto do trabalho do deputado federal  Ângelo Vanhoni (PT).

Gilberto ainda afirmou que os parnanguaras já se conscientizaram que devem votar em pessoas da cidade, mas que a culpa por não se elegerem representantes locais é dos próprios políticos da região, que racham os votos e tiram a chance deles mesmos se elegerem. Apesar disso, o jornalista parabenizou a campanha, porém afirmou que para que se elejam candidatos locais, é necessário diminuir o número de candidaturas e que os votos sejam centralizados em poucos políticos, aumentando a chance de eleição.

O ex-vice-prefeito Fabiano Vicente Elias, participou do encontro e afirmou que veio ao local para ouvir “algo diferente”, porém isso não ocorreu. Lamentou o fato do prefeito Kersten não estar apoiando candidatos locais e considerou algo preocupante. Fabiano reforçou a tese que as pesquisas eleitorais são essenciais para saber quem tem condições de sair candidato. O advogado sugeriu aos pré-candidatos que aderirem à campanha, que se comprometam abrir mão da candidatura, caso não tenham potencial eleitoral para serem eleitos. O jornalista Claudino Nunes também participou da discussão, e advertiu que quem não se elegeu vereador não tem  potencial para ser candidato a deputado estadual ou federal.