Vacina da Covid-19 magnetizada? Microchips na injeção? Vede coisa bobo!


Por Marinna Prota Publicado 05/07/2021 às 13h57 Atualizado 16/02/2024 às 06h56

Usuários de redes sociais estão compartilhando, em todo o mundo, vídeos em que pessoas que foram imunizadas contra a Covid-19 fixam moedas e outros pequenos objetos metálicos no braço. Segundo afirmam os usuários, o fato de conseguirem firmar objetos sobre o local onde é aplicada a vacina comprovaria a existência de um campo magnético contido no imunizante. Em Paranaguá, quatro tipos de vacinas estão sendo aplicados, Coronavac, Astrazeneca, Janssen e Pfizer.

As teorias são muitas: desde microchips de identificação e nanorobôs de monitoramento a uma fantasiosa conexão com a rede 5G que permitirá o rastreio em tempo real de cidadãos. O bilionário e filantropista criador da Microsoft, Bill Gates, estaria por trás da suposta nova tecnologia, acreditam alguns internautas. Mas é possível que a vacina esteja relacionada a alguma dessas afirmações?

Desinformação

Segundo o imunologista Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o que acontece na verdade é uma onda de desinformação que se propaga rapidamente nas redes sociais. O médico informa que não há qualquer componente magnético na composição das vacinas, e que não é fisicamente possível criar um campo magnético no corpo ao ser imunizado.

“Todas as vacinas disponíveis no mundo, e as quatro disponíveis aqui no Brasil, têm em comum a alta segurança. São vacinas extremamente seguras, não relacionadas a efeitos colaterais graves. Todas têm uma excelente eficácia na prevenção das formas graves da covid-19”, afirma Kfouri.

O Ministério da Saúde esclareceu que é normal que algumas vacinas multidose – aquelas que vêm em frascos que são utilizados para mais de uma pessoa – usem timerosal – um conservante à base de mercúrio, que tem sido utilizado durante décadas para evitar a contaminação por bactérias e fungos. A quantidade, entretanto, é insignificante e não tem capacidade de gerar os efeitos mostrados nos vídeos.

Com informações da Agência Brasil