Vergonha para o Paraná e para o Brasil


Por Assessoria de Imprensa Publicado 17/08/2021 às 14h11 Atualizado 16/02/2024 às 10h24

“É uma vergonha, não apenas para o Paraná, mas para o Brasil. Precisamos reverter a decisão”. É o que pensa a deputada federal Christiane Yared (PL) sobre a decisão da Justiça Militar que absolveu, em primeira instância, o tenente-coronel da Polícia Militar (PM) do Paraná, o médico Fernando Dias Lima, conhecido como “Doutor Bacana”, acusado de abuso sexual por 40 mulheres que atuam como policiais militares.

Em reunião com as vítimas, a deputada viu em seus olhos a coragem necessária para não desistir da luta, embora assustadas diante do ocorrido e da exposição a que foram submetidas. Christiane Yared conversou pessoalmente com um pequeno grupo delas e outras participaram por teleconferência.

“Eu já abracei essa causa e convoco minhas colegas legisladoras, em todas as esferas, e autoridades em geral a nos unirmos em uma grande mobilização em torno dessa causa. Todos são bem-vindos, o que não podemos é fazer de conta que isso não aconteceu dentro de uma Instituição tão importante para a comunidade como é a Polícia Militar”, avalia a deputada.

Com a absolvição pelo Conselho Especial de Justiça Militar dos crimes de atentado violento ao pudor e assédio sexual, o caso do “Doutor Bacana” ganhou repercussão nacional com a decisão de junho, e várias entidades, inclusive da própria PM, sinalizaram apoio às policiais.

“Mulheres são mães, esposas e filhas.  A Justiça tem que se manifestar em favor delas”, defende a parlamentar, citando os avanços das conquistas das mulheres, bem como o volume de agressões cometidas contra elas.  “Vou lutar por essas mulheres como tenho feito por tantas outras ao longo da minha vida, não apenas como deputada federal”, garante Christiane Yared.

Sobre os relatos das Policiais Militares, ela ressalta a coragem. “É difícil se manifestar contra a corporação, é preciso coragem para isso. E por isso mesmo temos que estar ao lado delas. A presença feminina em locais tidos como masculinos, incomoda, sabemos disso. Isso precisa mudar de uma vez por todas, não aceitaremos mais isso, entendam!” finaliza.