Viaduto Nelson Buffara tem iluminação dos postes furtada pela segunda vez


Por Redação JB Litoral Publicado 29/09/2020 Atualizado 15/02/2024

Por Gabriela Vizine

O viaduto Nelson Buffara, localizado na intersecção da BR-277 com a Avenida Bento Rocha, na altura do quilômetro 05, entrada de Paranaguá, está sem iluminação novamente. Desde sua inauguração, em outubro do ano passado, os problemas com a falta de luz no local são constantes – essa é a segunda vez que a fiação dos postes é furtada.

O elevado possui 906 metros de extensão, com uma linha principal de chegada e saída e acessos ao seu entorno. O investimento foi de R$ 12,7 milhões, recursos da empresa pública Portos do Paraná. O objetivo da obra era melhorar o trânsito pesado no entorno do viaduto e a movimentação do tráfego de caminhões de cargas, sentido porto de Paranaguá e Curitiba, reduzindo filas e congestionamento na BR-277.

Em março deste ano, o JB Litoral publicou uma reportagem, intitulada “Falta de iluminação em viaduto facilita que caminhoneiros sejam vítimas de ‘vazadas’”, na qual informou sobre a situação. Na ocasião, o trecho do viaduto estava sem luz desde antes de sua inauguração, devido ao furto.

Após a reportagem, em abril, novos cabos elétricos foram instalados nos postes de luz ao longo da extensão do elevado e ramos de acesso. Os serviços foram feitos sob a supervisão do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), responsável pela execução da obra,  no entanto, a partir de então, a iluminação passou a ser de responsabilidade da concessionária de pedágio que administra o trecho, a Ecovia Caminho do Mar S/A.

Poucos meses depois de receber a nova iluminação, o viaduto passou pela mesma situação e teve os cabos, mais uma vez, furtados. Dessa vez, a falta de luz é uma reclamação dos moradores e motoristas, pelo menos, desde julho.

Moradores temem por sua segurança

O educador físico Alessander Miranda mora próximo à região e percorre a extensão todos os dias, de moto, em direção ao trabalho. Devido à escuridão do trecho, ele já se envolveu em um acidente com atropelamento de animal. “Além de tirar a vida do cachorro, eu me lesionei todo. Fui parar no hospital e minha moto ficou toda danificada”, lamenta.

Atualmente, viaduto está sem iluminação (Foto: DER)

Apesar do medo, ele necessita passar pelo local diariamente, durante a noite, para buscar a esposa no serviço. Com a falta de luz, o casal se sente amedrontado pelo risco de mais acidentes e, também, pela possibilidade de assaltos.

“Vejo um perigo real de possíveis atropelamentos, uma vez que ali possui um acostamento com trânsito frequente de ciclistas e pedestres.  Quando estou voltando para casa, por exemplo, não consigo enxergar a pista ao pegar a subida do viaduto”, conta. Segundo ele, em tempos chuvosos, a situação é ainda pior, pois precisa usar o capacete com a viseira abaixada.

“Eu sinto um medo constante, às vezes, prefiro pegar um caminho mais longo, pois acho um trecho bem perigoso e trata-se de uma rodovia de trânsito rápido, veículos pesados e isso já torna a via perigosa, a escuridão só piora a situação”, comenta Alessander.

Assim como o educador físico, a bancária Evelyn Nascimento Ramos também teme transitar pela região. Ela mora em Matinhos, mas precisa passar pelo viaduto diariamente, pois atua em um banco em Paranaguá. “Me sinto totalmente insegura com a situação. Falta mais iluminação e, principalmente, mais tachão refletivo na estrada, pois quando bate a luz nele, pelo menos conseguimos verificar se carros e caminhões estão vindo em nossa direção”, conta.