Reviravolta na política: Roselaine Barroso, do PL, lança candidatura à prefeita de Paranaguá em meio a controvérsias legais


Por Redação Publicado 06/08/2024 às 11h58
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Imagem: Reprodução

O cenário político de Paranaguá ganhou um novo capítulo na última segunda-feira (5). Roselaine Barroso Ferreira, presidente do Partido Liberal (PL) no município, lançou sua candidatura à Prefeitura ao lado de Gasito Sales das Neves Júnior como vice-prefeito. O registro oficial já consta no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na manhã desta terça-feira (6).  

A decisão foi respaldada por uma reunião partidária, realizada às 21h de segunda, na sede do diretório provisório do PL, localizada no Jardim Iguaçu, contando com a presença de Gilson Miquiline Marcondes, suplente do diretório; Bruno Ramos, tesoureiro; Francisco Ferreira Neves, vogal; e os filiados Antônio Ferreira Neves, Anthonnelly Inocencio Pereira e Sandi Amaral Conceição, todos sob a liderança de Roselaine. Na ocasião, foram produzidas atas complementares à convenção municipal realizada no domingo (4).

No entanto, o lançamento da candidatura de Roselaine enfrenta um grande obstáculo legal. Segundo Arnaldo Maranhão, nomeado interventor do PL pela direção estadual na segunda-feira, às 15h30, todas as decisões tomadas por Roselaine após esse horário são inválidas. “Houve uma intervenção na Provisória Municipal do PL, fui nomeado presidente novamente às 15h30, e a decisão da direção estadual do partido foi apoiar a coligação PSD-PL”, declarou Maranhão ao JB Litoral. “Qualquer esclarecimento, minha orientação é que procurem a direção estadual do partido, pois já não sou mais candidato a nada, já me tiraram do jogo”, completou, demonstrando frustração.

Roselaine não retornou às tentativas de contato do JB Litoral para comentar a situação. O JB Litoral também procurou a direção estadual do partido, que ainda não retornou. Assim que houver novas informações, esta reportagem será atualizada.

Histórico de conflitos

A turbulência no PL de Paranaguá já dura dias. Na terça-feira (30), Arnaldo Maranhão, então pré-candidato à Prefeitura, anunciou que o deputado federal Fernando Giacobo, presidente estadual do partido, o havia oficializado como presidente municipal do PL, fortalecendo sua pré-candidatura. Esta ação destituiu Roselaine Barroso do comando do partido, decisão que ela contestou judicialmente. Em menos de 24 horas, na quarta-feira (31), Roselaine obteve uma liminar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que a reintegrou à presidência do partido.

No domingo (4), durante a convenção municipal do PL, a candidatura de Maranhão foi rejeitada pela maioria da diretoria, levando Roselaine a se anunciar como pré-candidata a vice-prefeita na chapa de Adriano Ramos, do Republicanos. O evento foi marcado por confrontos verbais e tensão entre Roselaine e Maranhão, que contestou o resultado na Justiça Eleitoral.

Nova reviravolta

Contudo, uma nova reviravolta ocorreu. Na segunda-feira (5), o pré-candidato Adriano Ramos realizou uma coletiva de imprensa e anunciou que sua vice é, na verdade, a idealizadora do Instituto Peito Aberto, Fabiana Parro. De acordo com ele, embora desejasse muito a coligação com o PL e um nome feminino do partido como vice, devido à “insegurança jurídica”, não foi possível dar andamento ao plano.

Segundo Adriano, na última segunda-feira (29), o presidente estadual do partido, Giacobo, o convidou para uma reunião em Curitiba, na qual estavam presentes também Arnaldo Maranhão, Luiz Maranhão de Sá Neto, Felipe Barros e Roselaine Barroso. “Naquela mesa, o deputado Giacobo, da forma dele, disse que se o PL fosse caminhar conosco, seria com Arnaldo Maranhão de vice e Roselaine como candidata a vereadora. Com todo respeito, eu disse ao deputado que não caminharia com Arnaldo Maranhão, que ele não seria o nosso vice, porque eu tenho um compromisso com a cidade de termos uma vice mulher (…). Inclusive, eu acho justo o Maranhão pleitear ser candidato a prefeito, e eu gostaria que ele tivesse essa coragem de enfrentar o processo eleitoral (…) e eu gostaria de discutir Paranaguá com ele, mas isso é assunto do PL“, contou Adriano.

Ele continuou afirmando que, saindo da reunião, Roselaine ficou muito decepcionada com o que houve e, no dia seguinte, foi destituída da Executiva Provisória. “Todo mundo sabe, ela entrou com um Mandado de Segurança, conseguiu retornar à presidência do partido e veio sentar conosco. E nós tínhamos um compromisso com o PL, eu queria muito o PL, só que na convenção, houve algumas situações que deram insegurança jurídica para que o PL pudesse estar conosco, e baseado nessa confusão, por conta do que houve no domingo, nós fomos aconselhados a não estar com o PL nessa luta“, disse.

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