Obra definitiva na encosta do km 40 da BR-277 será entregue nesta semana


Por Redação Publicado 25/08/2024 às 16h36
Local que passou por obras de reparos definitivos da encosta passa por ajustes finais, segundo concessionária. Foto: EPR Litoral Pioneiro
Local que passou por obras de reparos definitivos da encosta passa por ajustes finais, segundo concessionária. Foto: EPR Litoral Pioneiro

Passados quase dois anos desde que uma sucessão de deslizamentos causou inúmeros transtornos e restrição de mobilidade no trecho entre os quilômetros 39 e 42 da BR-277, em Morretes, a rodovia será, finalmente, completamente liberada. A informação é da concessionária que administra o trecho, a EPR Litoral Pioneiro, que anunciou a liberação definitiva para esta semana.

De acordo com a empresa, os trabalhos feitos na altura do km 40 estão em fase de acabamento. O local foi atingido por deslizamentos de barreiras em outubro de 2022 e, mais recentemente, em 25 de janeiro deste ano, mais de um mês antes de a EPR assumir o início da concessão das estradas, em 28 de fevereiro. O trecho já havia passado por intervenções de emergência anteriores, porém, as obras definitivas ficaram a cargo da nova concessionária.


Complexidade


Segundo a concessionária, o investimento para recuperar a encosta que deslizou foi de, aproximadamente, R$ 3 milhões. Após a assinatura do contrato, a empresa realizou serviços emergenciais que se concentraram na remoção de solo e de rochas que caíram sobre a pista. Paralelamente, foram realizados estudos para apontar a melhor solução de engenharia para a obra a ser executada.

Identificamos que o fluxo de água superficial era uma das causas da instabilidade naquele local. Mediante isso, o projeto definitivo foi desenvolvido para organizar o sistema de drenagem superficial, além de implantar medidas que garantam a estabilidade da massa de solo e da rocha que ficou exposta pelo deslizamento original”, explicou o diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos Moreira.

Ainda de acordo com o presidente, em um segundo momento, as equipes trabalharam com um projeto que utilizou várias soluções de engenharia, que previnem novas ocorrências. “Não foi realizado apenas um tipo de intervenção, mas uma junção de estratégias, como o ordenamento das águas superficiais, a estabilização dos blocos de rocha aparentes e o grampeamento de algumas áreas com tela de aço e concreto projetado, para que a solução aplicada seja definitiva”, detalhou.


Medidas de estabilização da encosta


Para a estabilização definitiva da encosta, foram utilizados 100 metros cúbicos de concreto, o que corresponde a 20 caminhões betoneiras. Telas em metal foram inseridas em toda a região por meio de 100 grampos fixados nas rochas, para posteriormente serem cobertas com o concreto.

Para concentrar as futuras vazões das águas de chuva, foi construída uma escada em concreto de 60 metros de altura, que possui quase 100 degraus, e outros 43 metros de canaletas. “Desta forma, a água que antes jorrava ao redor da encosta agora seguirá para a canaleta e de lá para a galeria pluvial da rodovia, evitando a saturação do solo”, explicou Moreira. Além disso, sete drenos foram espalhados pelo local a uma profundidade de 12 metros, como forma de captar água que eventualmente possa vir a infiltrar naquele ponto.

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