A Monalisa de Paranaguá: artista parnanguara leva sua arte ao Louvre em Paris


Por Luiza Rampelotti Publicado 25/03/2024 às 16h21

Entre os dias 18 e 20 de outubro deste ano, o renomado Museu do Louvre, em Paris, abrirá suas portas para uma exposição singular. Além da icônica Monalisa de Leonardo da Vinci, os visitantes terão o privilégio de contemplar a “Monalisa Parnanguara”, criação do talentoso artista local Amilton Lourenço. Selecionado para expor no Carrousel du Louvre, uma prestigiosa galeria comercial integrada ao complexo francês, Amilton apresentará sua obra-prima, retratando sua esposa Érica da Silva Nascimento Lourenço.

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O artista irá expor sua obra entre os dias 18 e 20 de outubro deste ano, no renomado Museu do Louvre, em Paris. Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Amilton e a esposa são portuários na Portos do Paraná; ele, guarda portuário, e ela, assistente administrativo. O convite para a exibição única surgiu durante uma viagem do artista e Érica a Paris, onde se encontraram com um amigo em comum.

Foi uma daquelas confluências felizes. Ele é violinista e tocava em algumas ocasiões em alguns estandes e me perguntou se eu não me interessaria. Disse que ‘nem pensar, imagina. Eu? No Louvre?’ Aí ele perguntou se eu o autorizaria a mostrar as fotos dos meus quadros para uma amiga. Falei ‘lógico’. Ele mostrou a ela, que disse que haveria possibilidade, sim, e que só precisava se inscrever. Para me inscrever precisava ter um site (construído pelo filho), fiz a inscrição e enviei o link do site. Na sequência, eles fizeram a seleção do que é admissível dentro da feira e me aceitaram”, revelou.

A Monalisa de Paranaguá

O Carrousel du Louvre, localizado abaixo da impressionante pirâmide invertida que se tornou uma atração turística por si só, é frequentado diariamente por uma média de 150 mil pessoas. Dentro desse vasto espaço, a área de exposições onde Amilton estará é visitada por até 30 mil pessoas diariamente, tornando-se um destino imperdível para os admiradores da arte.

Entre as obras de Amilton, destaca-se o retrato realista/impressionista de sua musa inspiradora, Érica, intitulado “Retrato de Érica”. O artista descreve a experiência de pintar sua esposa como uma jornada emocionante, repleta de significado e conexão pessoal.

O público que for lá vai ver uma Monalisa de Paranaguá. Foi muito bacana pintar a Érica. Eu brincava com ela porque eu trabalho em escala e ela em horário comercial e quando ficava em casa e ela estava no trabalho dizia que ela ia trabalhar, mas deixava uma representante me observando em casa porque o quadro estava sempre no cavalete do ateliê”, brincou.

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O artista descreve a experiência de pintar sua esposa como uma jornada emocionante, repleta de significado e conexão pessoal. Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Artista desde sempre

A paixão de Amilton pela arte remonta à infância, quando ele começou a desenhar assim que pôde segurar um lápis. Seu desejo de se aprimorar na pintura o levou a buscar oportunidades de aprendizado, desde cursos por correspondência até o estudo autodidata. Inspirado por mestres como Sorolla, Monet, Van Gogh e Da Vinci, o artista desenvolveu uma técnica única que combina elementos do realismo e do impressionismo, resultando em obras que encantam e inspiram.

De tanto pintar, já não sabe mais quanto produziu até porque muitos se perderam pelo caminho, mas ele informa que tem obras em Brasília, em Santos, em São Paulo, em Curitiba e até em Portugal. Além de sua dedicação à arte, Amilton também se destaca como músico, interpretando tanto obras clássicas quanto sucessos do rock.

A minha técnica varia bastante entre o realismo e o impressionismo, um pouco de cada. Eu procuro deixar o quadro mais próximo do realismo, mas utilizo técnicas de impressionismo. Quem observa minhas telas de perto vai ver que elas não extremamente precisas como um realismo fantástico. Tem pintores que vão pintar um rosto e pintam até as manchas do rosto, os poros na pele, mas não é o meu caso. Eu procuro indicar para que o observador chegue à conclusão que é uma paisagem, é um retrato, mas não com precisão absurda”, apontou.

*Com informações da Portos do Paraná

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