Biólogo cria financiamento coletivo para cartilhas sobre a importância da água


Por Redação JB Litoral Publicado 19/11/2018 às 00h00 Atualizado 15/02/2024 às 05h42
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A água é uma das principais fontes de vida, ou seja, não importa a profissão, moradia ou classe social, todos os seres humanos dependem dela para sobreviver. No entanto, por maior que seja sua importância, rios e lagos continuam sendo poluídos e a escassez é um problema que afeta o mundo todo.

O Brasil concentra 12% da água doce do planeta, mas a crise hídrica é uma preocupação que também atinge os brasileiros, sendo as causas mais comuns a seca, má distribuição e poluição. Em Paranaguá, por exemplo, a falta de cuidados com a água criou uma infestação do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, causando uma epidemia entre 2015 e 2016, que causou a morte de 29 pessoas.

Preocupado com esta situação, o Biólogo Caio Fernandes desenvolveu um financiamento coletivo, modalidade de contribuição financeira, para repercutir o Programa de Sensibilização da Importância da Água (Prosensia), por meio de uma cartilha, que será distribuída, gratuitamente, para alunos da rede municipal de ensino de Paranaguá, inclusive nas ilhas e principais comunidades da região. O material, dividido em três volumes, atenderá às crianças do 5º ano, que terão conhecimentos sobre questões relacionadas à agua, poluição e desenvolvimento sustentável.

O primeiro volume mostrará aos estudantes temas como o direito universal do uso da água, o que são rios, lagos, oceanos, ciclo da vida da água, captação, tratamento e como ela chega até as torneiras para o consumo. “Esta edição explica que a água é um bem finito e, se não for usada de maneira racional, pode acabar”, explica o Biólogo. 

Já o segundo volume é direcionado ao tema da poluição, tratando sobre os tipos de contaminação química, física e biológica, além das doenças de veiculação hídrica, como cólera, leishmaniose, dengue e leptospirose. “Neste momento, a cartilha foca na dengue, visto que Paranaguá é uma cidade com caso endêmico da doença”, diz.

O terceiro é voltado para o desenvolvimento sustentável, ensinando, de forma lúdica, a calcular, por exemplo, o grau de impacto que o ser humano causa no meio ambiente, por meio do consumo de energia elétrica, oxigênio, água e afins. Além disto, os alunos também aprendem formas de diminuir os impactos ambientais causados, principalmente na região litorânea. “Serão agentes multiplicadores na escola, dentro da sala de aula e nos bairros onde residem, razão pela qual a importância do investimento neste projeto”, argumenta.

Aqui eles vão entender que o óleo de cozinha pode ser separado e, por meio dele, gerada renda para as famílias, pois é ensinado a fazer sabão. Também aprenderão a criar uma composteira, que será utilizada dentro da escola, para criar uma horta ou um pomar, além de outras dicas”, esclarece o idealizador do projeto.

De acordo com o Biólogo, o material é totalmente lúdico e interativo, e será de grande valia para a comunidade. “É um bom investimento de responsabilidade social para micros, médios e grandes empresários, que serão associados positivamente a um programa socioeducativo ambiental. Financiamento coletivo é quando várias pessoas se identificam com um projeto e decidem contribuir financeiramente para que ele saia do papel, algo muito difundido pelo terceiro setor”, finaliza.