Com flutuante da Feira Mar “solto”, há pontos alternativos para atracar em Antonina


Por Flávia Barros Publicado 11/10/2022 às 01h38 Atualizado 17/02/2024 às 19h04

À deriva, foi assim que o píer flutuante da Feira Mar, em Antonina, instalado há dois anos e meio, ficou na tarde do último domingo (9), quando a Prefeitura comunicou à empresa responsável pela manutenção da estrutura, a Defender Soluções Náuticas, ao perceber que ele havia se soltado do trapiche. Com a rampa de acesso isolada desde então, a administração municipal informou, nessa segunda-feira (10), que a empresa averiguou a estrutura para o reposicionamento do flutuante em seu local de operação e que o prazo para o serviço será de, aproximadamente, 10 dias.

Até que esteja reposicionado, os usuários que vêm à cidade podem atracar no Clube Náutico de Antonina ou novo trapiche da Ponta da Pita”, disse a publicação da Prefeitura.

Estrutura ficou à deriva de domingo (9) para segunda (10), até que empresa responsável a prendeu e
aguarda peças para manutenção. Foto: Prefeitura de Antonina


CULPOU EMBARCAÇÕES


Já a Defender Soluções Náuticas se manifestou por meio de nota em que detalha a composição do flutuante e culpa as embarcações por lançarem ferro mais próximo do que deveriam do píer.

O píer flutuante de Antonina foi instalado no início de 2020, sendo formado por três módulos lineares de 12,0 x 2,5 m cada e um quarto, com as mesmas dimensões, disposto transversalmente na extremidade final da estrutura. Esses quatro módulos flutuantes são intertravados entre si e são fortemente ancorados com o uso de 10 âncoras de aço, com 30 Kg de peso cada, amarradas com 30 m de corrente galvanizada, com elos de 8 mm de espessura em alças metálicas instaladas sob os módulos flutuantes. Esse conjunto de ancoragem é resistente o suficiente para manter o píer flutuante no lugar mesmo sob condições de vento e correnteza fortes.  No decorrer desse tempo de atividade a DEFENDER SOLUÇÕES NÁUTICAS, fabricante da estrutura, fez várias vistorias do píer flutuante, sobre e sob a superfície da água e inúmeras vezes deparou-se com uma ou duas âncoras fora do lugar original de ancoragem. Isso ocorre devido ao fato de embarcações que fazem uso do atracadouro lançarem ferro em região próxima (menos do que 30 m) do píer flutuante, permitindo o enlaçamento de suas âncoras nas correntes de fixação da estrutura.  Com o deslocamento de uma ou duas ou mais âncoras da estrutura flutuante, essa passa a sofrer esforços não previstos nas âncoras remanescentes o que associado a correnteza e vento forte pode provocar o rompimento das correntes.  (…) Deslocou sua equipe técnica para Antonina para averiguação do ocorrido e posicionamento da estrutura em local seguro até que o reparo das correntes seja providenciado. O prazo para o reposicionamento definitivo do píer flutuante em seu local de operação é de aproximadamente 10 dias, sendo esse o prazo estimado para aquisição das peças necessárias ao reparo. Os quatro módulos flutuantes encontram-se em perfeito estado e poderão voltar a operar normalmente após seu reposicionamento. A Defender Soluções Náuticas mantém um contrato de manutenção anual com a Prefeitura de Antonina, e por esse motivo pode manter sua equipe técnica sempre de plantão para garantir a perfeita e segura operação do píer flutuante”, informou a nota.