Com quase 1.700 casos confirmados, avanço de epidemia da dengue preocupa o Litoral


Por Flávia Barros Publicado 26/02/2024 às 05h34

dengue
Número de casos e de mortes disparou em todo o Estado, quando comparados ao mesmo intervalo do período epidemiológico de 2022/2023. Foto: Rafael Pinheiro/JB Litoral

O informe semanal da dengue, divulgado na última terça-feira (20) pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), registrou 8.414 novos casos e confirmou mais uma morte pela doença no atual período epidemiológico, que começou a ser monitorado em 30 de julho do ano passado. Agora, o Paraná soma 45.930 casos confirmados (número 10 vezes maior se comparado ao mesmo intervalo do período epidemiológico de 2022/2023) e 16 mortes, contra 5 registradas no período anterior.  No Litoral, das 7 cidades, apenas Guaraqueçaba segue sem confirmação de casos.

Embora não esteja entre as seis Regionais de Saúde com maior número de casos, no risco climático da dengue por municípios, o Litoral aparece com Paranaguá e Guaratuba considerados de risco médio. Em Antonina, a situação já virou epidemia, com uma morte e quase mil casos confirmados da doença.


Situação no Litoral


Ainda segundo o último boletim da Sesa, Antonina lidera em número de ocorrências de dengue, com 949 casos confirmados, seguido por Paranaguá (561), Guaratuba (61), Morretes (55), Matinhos (29) e Pontal do Paraná (23). Guaraqueçaba não tem casos confirmados da doença e apenas um está em investigação.

Conforme noticiou o JB Litoral em sua versão digital, em 10 de fevereiro, o secretário de Saúde de Antonina, Odileno Garcia, afirma que a disposição da área urbana da cidade favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Odileno explicou que a área urbana de Antonina concentra imóveis antigos, com muitos espaços propensos a serem criadouros, como calhas em alturas de dois ou três metros, dificultando o acesso.

Antonina já está em epidemia e, ao contrário de Morretes, que o rio passa no meio da cidade, aqui não passa. Em áreas próximas aos rios, a incidência é menor dos mosquitos, pois os predadores naturais estão nessas regiões”, afirmou Odileno.


Ações de combate


Para combater a doença, os municípios do Litoral têm feito mutirões de conscientização e de eliminação de possíveis áreas de reprodução do mosquito transmissor. A exemplo do mutirão de coleta de entulho, realizado no último dia 16, em Paranaguá, onde agentes de endemias visitaram 6.850 residências e comércios. Em Antonina, o carro do fumacê cumpre trajetos nos bairros durante todos os dias deste mês e a administração municipal orienta a população a deixar portas e janelas abertas durante a passagem do veículo.

Em Matinhos, o Comitê Municipal de Combate à Dengue se reuniu na última terça-feira (20). O órgão emite um boletim semanal com as últimas informações do surto na cidade e reitera o alerta para o possível agravamento da doença a partir dos meses de março e abril.

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