Confronto entre professores e policiais na capital deixa mais de 100 feridos


Por Redação JB Litoral Publicado 29/04/2015 às 15h16 Atualizado 14/02/2024 às 07h20

A prefeitura de Curitiba informou que mais de 100 pessoas foram atendidas na primeira meia hora de confronto entre professores e policiais militares. O confronto foi na tarde desta quarta-feira (29) e, segundo a prefeitura, “muitas vítimas continuam chegando” aos postos de atendimento.

Entre os feridos, 35 precisaram de atendimento médico e foram encaminhados a hospitais, principalmente o Cajuru, próximo à área do confronto. Os servidores da prefeitura foram liberados do trabalho em razão do tumulto.

O confronto começou por volta das 15h, no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa, quando os deputados estaduais começaram a sessão para votar um projeto de lei (PL) que altera a previdência estadual.

A Polícia Militar usou bombas de gás, balas de borracha e jatos dágua para dispersar os manifestantes. Os professores recuaram, mas os policiais continuaram jogando bombas de efeito moral. Agora o confronto acabou, mas os professores continuam protestando no Centro Cívico.

Crianças estão sendo retiradas das escolas da região. “Algumas delas passaram mal em decorrência do gás lacrimogênio usado pelas forças policiais na Praça Nossa Senhora de Salete [que fica em frente à Assembleia Legislativa] para afastar os manifestantes”, informou em nota a prefeitura.

“No saguão da prefeitura, onde dezenas de pessoas entraram para buscar abrigo, o cheiro de vinagre, usado para amenizar os efeitos do gás lacrimogênio, era muito forte”, acrescentou a nota.

Por meio do Facebook, a direção do Sindicato dos Professores do Paraná disse que os manifestantes estão fora do perímetro estabelecido pela polícia, em frente ao prédio da prefeitura. O governo do Paraná ainda não se pronunciou sobre o confronto.

O projeto de lei em votação na Assembleia Legislativa foi encaminhado pelo Executivo para alterar a previdência estadual. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência do Paraná, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário.