Conheça a história do pequeno Eduardo, parnanguara de 9 anos que começou seu próprio negócio


Por Redação Publicado 09/02/2023 às 13h08 Atualizado 18/02/2024 às 04h29

Você já ouviu falar em empreendedorismo infantil? A prática da educação empreendedora já foi incluída na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas sua implementação ainda enfrenta dificuldades. O foco principal da ideia é que ela seja a base inicial para que as crianças fiquem aptas a resolver situações do dia a dia, partindo de um ponto de vista mais amplo e de maneira proativa.

Em Paranaguá, já tem um pequeno aprendendo na prática sobre o empreendedorismo, e os ensinamentos têm vindo de dentro de casa. João Eduardo Machado Alves, de apenas 9 anos, queria comprar uma bicicleta e um celular novo, e sua mãe, Christielly Machado, viu no desejo uma oportunidade de ensinar ao filho sobre responsabilidade e valor do dinheiro.

Ela conta que, certo dia, o filho chegou em casa dizendo: “Mamãe, eu queria fazer alguma coisa para ganhar um dinheirinho”. Imediatamente, a mãe lembrou de um vídeo que viu nas redes sociais que ensinava a personalizar canetas.

Quando ele me falou aquilo, eu disse que tinha uma ideia diferente, mas que só o ajudaria se ele realmente tivesse interesse em fazer algo por conta própria”, relembra.

Para apoiar a iniciativa, ela comprou todo o material necessário e começou a divulgar o trabalho artesanal do filho em suas redes sociais. “As canetas masculinas ele costuma fazer sozinho, mas eu ajudo na confecção das femininas, porque elas possuem muitos detalhes”, explica Christielly.

A divulgação das canetas surtiu efeito e Eduardo conquistou os clientes com sua dedicação e criatividade. Mas, como nem só de trabalho vive o homem, às vezes, o pequeno tira folga sem aviso prévio.

Um dia, eu avisei que tinha encomenda e ele disse: ‘ah, mamãe, fala para o moço cancelar a caneta’ e eu mesma tive que confeccionar porque já tinha sido encomendada“, conta aos risos, lembrando da inocência do filho.

A mãe, Christielly, e o filho Eduardo. Foto: Arquivo pessoal

Desafios da produção

Christielly destaca que os maiores entraves enfrentados pelo garoto é a conquista de novos clientes, já que suas redes sociais não possuem um grande alcance. “A gente vende para a família, para os amigos e alguns moradores da cidade, mas é difícil achar novas pessoas interessadas”, lamenta.

A mãe ainda conta que o menino ficou muito animado com a ideia de ter o trabalho divulgado no jornal, mas preferiu não dar entrevista por ser uma criança muito tímida. “Eu falei para ele que iríamos aparecer na reportagem e, por isso, teria um monte de novas encomendas, daí ele ficou todo contente”, afirma.

Quando questionada sobre o futuro do “negócio”, ela explica que o filho vai poder decidir o que fazer após alcançar suas metas. “Desde o início, a minha intenção não foi obrigar ele a fazer as canetas ou comprar a bicicleta e o celular, mas foi o de ensinar uma lição sobre o valor do dinheiro. Então, não tem problema se ele enjoar das canetas, o mais importante ele já aprendeu”, conclui a mãe.

Novas encomendas

Para aqueles que ficaram interessados e querem saber mais ou encomendar canetas personalizadas ao garoto, estas são as redes sociais de Christielly:

Instagram: https://www.instagram.com/amorearte1803/

WhatsApp:  41 99573-6552