De crianças a idosos, devotos de todas as partes reverenciam a Rainha do Paraná
Novena dos estudantes, procissão motorizada, de bicicleta, romaria de motos e de caminhões, procissão marítima, passeio pet, cavalgada, missas, recitações do terço, além das novenas em diversos horários. Não importa o formato, todos eles levam à fé e demonstram a devoção à Nossa Senhora do Rocio. A festa, que está em sua 211ª edição, com o tema “Mãe do Rocio, revela-nos a Luz do mundo”, tem se mostrado como àquela em que a programação está, cada vez mais, acessível a todos os setores da sociedade.
Para o padre Dirson Gonçalves, reitor do Santuário do Rocio, a adesão de grupos tão diversos mostra que os devotos incluem a fé em suas atividades do cotidiano.
“A gente conseguiu ampliar a participação dos mais diversos nichos. Por exemplo, quem gosta de pet teve espaço; quem gosta de cavalo, os fazendeiros, também teve o seu espaço; o pessoal dos barcos; dos caminhoneiros. São grupos bem diferentes um do outro, mas que, no seu espaço de expressão, demonstram nessas romarias suas manifestações de fé”, disse o missionário redentorista ao JB Litoral.
NÃO TEM IDADE
Mais uma demonstração de que a fé em Nossa Senhora do Rocio não tem idade foi a presença da jovem Síntia Santos, 25 anos, no Santuário, na última quarta-feira (6). Grávida e de joelhos desde a porta até a imagem da padroeira, a devota veio de Penha, Santa Catarina, com o marido.
“Sofri um aborto em 2022 e pedi à Nossa Senhora do Rocio, durante a festa do ano passado, que me concedesse a graça de engravidar novamente. Fiz uma promessa e hoje vim pagar”, contou emocionada, com uma roupinha de bebê e um terço nas mãos.
A imagem da promessa sendo paga pela devota foi publicada nas redes sociais do Santuário, trazendo à tona vários outros relatos de jovens mães declarando também terem alcançado a graça da maternidade por intervenção da padroeira do Paraná.
DEMONSTRAÇÃO DE FÉ
E as demonstrações de fé dos devotos também emocionaram o reitor do Santuário. Na abertura da festa, no último dia 3, durante a cerimônia de troca do manto, foram exibidos relatos dos fiéis, que levaram o padre Dirson às lágrimas.
“A parte que mais me emocionou foram os relatos daquelas pessoas reais, de fatos reais, de devotos que receberam a graça. Isso me fez sentir que temos que persistir nas nossas novenas durante todo o ano, que as pessoas venham toda semana e não apenas em novembro”, defendeu o padre.
“Tem que ser um santuário que tem devoção o ano inteiro, que as pessoas vêm para as romarias, em que a novena funciona, enfim, as pessoas têm que criar esse afeto pela imagem”, completou Dirson Gonçalves.