Do plantio à mesa: “Horta nas Escolas” ensina sobre o ciclo da vida e a importância dos alimentos saudáveis em Pontal do Paraná


Por Luiza Rampelotti Publicado 30/05/2024 às 20h21
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Em hortas cuidadosamente construídas e adaptadas para cadeirantes, os pequenos aprendem na prática como cuidar da terra, plantar e colher diversos tipos de alimentos. Foto: Prefeitura de Pontal do Paraná

Aprender sobre o ciclo da vida, cultivar alimentos saudáveis e fortalecer a convivência: essa é a receita do sucesso do projeto “Horta nas Escolas”, que vem transformando a educação ambiental em Pontal do Paraná. Com foco na inclusão e na sustentabilidade, a iniciativa já colhe frutos em duas escolas e está se expandindo para outras.

O projeto, idealizado pela Associação Mão Amiga e em parceria com a Prefeitura, oferece a crianças da rede pública municipal uma experiência única e enriquecedora. Em hortas cuidadosamente construídas e adaptadas para cadeirantes, os pequenos aprendem na prática como cuidar da terra, plantar e colher diversos tipos de alimentos.

É um laboratório vivo, onde as crianças vivenciam todo o processo, desde o plantio até a colheita“, explica Thomas Willian Pereira, presidente da Associação Mão Amiga e professor municipal de Educação Ambiental. “Elas aprendem sobre o cuidado com o meio ambiente, a importância da agricultura orgânica e, o mais importante, desenvolvem a capacidade de trabalhar em equipe e de respeitar o espaço onde os alimentos são produzidos“, completa.

O projeto, que começou em 2023 na Escola Municipal Ernesto Tavares de Campos, no Balneário Carmery, já conta com mais de 100 alunos participantes por semana, além de dezenas de visitantes. A iniciativa foi ampliada para o Centro de Educação Infantil (CMEI) Água Viva, em parceria com a Escola Benvinda Lopes Correa, em Pontal do Sul, e já está sendo implementada no CMEI Leão Marinho, também em Pontal do Sul.

Ao JB Litoral, o professor Thomas relembra o início de seu interesse pela educação ambiental. “Aprendi educação ambiental plantando feijão em um potinho com algodão e semeando as sementes. Não tínhamos uma horta. Então, hoje, ver as crianças interessadas e dedicadas é muito gratificante“, relata.

Segundo ele, para que as crianças desenvolvam interesse, é fundamental que os próprios professores despertem essa curiosidade. “Você precisa despertar esse interesse, de forma que elas vejam, participem e gostem. E isso só é possível com projetos diferenciados, nos quais você coloca todo o seu amor, porque primeiro você precisa amar e gostar do que faz“, comenta Thomas, destacando a importância de incutir a paixão pelas práticas ecológicas desde a infância.

Inclusão e convivência

Um dos diferenciais do “Horta nas Escolas” é a inclusão de crianças com deficiências, suas famílias e outras crianças. O projeto promove a convivência e o respeito entre os participantes, além de desenvolver a autonomia e a autoestima.

As crianças aprendem a trabalhar juntas, a respeitar o ritmo de cada um e a se ajudar. É um projeto que une a educação ambiental com a inclusão social, promovendo a construção de um futuro mais verde e mais justo para todos“, diz o professor Thomas.

A experiência na horta também serve como complemento para a merenda escolar, já que muitos dos alimentos cultivados são utilizados na alimentação das crianças. Para Thomas, a experiência completa, de plantar, cuidar, colher e consumir alimentos saudáveis, contribui para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis. “Ver as crianças aprendendo, trabalhando juntas, cuidando da horta e colhendo os frutos do seu trabalho é emocionante. É ver o futuro sendo plantado com amor e respeito”, conclui o professor.

*Com informações da Prefeitura de Pontal do Paraná

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