Edição tem aumento de 46% no uso do nome social por travestis e transexuais


Por Redação JB Litoral Publicado 04/07/2016 às 17h34 Atualizado 14/02/2024 às 14h20

Foto: Divulgação/Internet

FOLHAPRESS) – O número de travestis e transexuais que usará o nome social no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016 aumentou 46%, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), ligado ao Ministério da Educação.

Ao todo, o ministério recebeu 8.627.194 inscritos para participar do exame, que acontece nos dias 5 e 6 de novembro. Desse total, o Inep recebeu 842 solicitações para uso do nome social, porém, apenas 406 tiveram a solicitação atendida. As demais, segundo o órgão, foram reprovadas por não enviar a documentação exigida. Na edição anterior, foram aprovadas 278 solicitações.

São Paulo foi o Estado com o maior número de aprovação com 180, seguido por Minas Gerais (37), Rio de Janeiro (35) e Paraná (25). Apenas os Estados do Acre e do Amazonas não tiveram nenhum pedido confirmado na edição deste ano. A possibilidade de uso do nome social ocorreu pela primeira vez em 2014, quando foram feitos 102 pedidos.

Para usar o nome social, o participante precisava fazer a inscrição no mesmo período que os demais candidatos. Depois, entre 1º de junho e 8 de junho, o pedido deveria ser formalizado pela internet, com o preenchimento de formulário e envio de foto recente e cópia de documento de identificação.

O cartão de confirmação estará disponível para todos os inscritos exclusivamente no site do Enem, em data a ser divulgada. No documento, constará o endereço do local de provas, datas e horários, o número da inscrição, a indicação do atendimento especializado ou específico, opção de língua estrangeira e a solicitação de certificação, quando for o caso. A impressão, para apresentação nos dias de provas não é obrigatória, mas recomendável, para que o candidato tenha as informações em mãos.

O Enem é adotado como vestibular para praticamente todas as universidades federais do país. A nota do exame é usada no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que oferece vagas em instituições públicas, no ProUni (Programa Universidade para Todos), na obtenção de benefício do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e na participação do programa Ciência sem Fronteiras ou para ingressar em vagas gratuitas dos cursos técnicos oferecidos pelo Sisutec (Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica)

APLICATIVO

Os participantes têm uma nova ferramenta para acompanhar as informações sobre as etapas do exame. Desenvolvido pelo MEC (Ministério da Educação), em parceria com Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o aplicativo disponibiliza dados como situação da inscrição, cronograma, locais de provas, cartão de confirmação, gabaritos e resultados das provas.

Por segurança, segundo o MEC, o aplicativo deve ser baixado direto da loja de aplicativos do celular: Google Play (no Android), App Store (no iOS) e Windows Store (para Windows Phone). O ministério pede ainda que o participante confirme se o nome do desenvolvedor da ferramenta é o do Inep.

Após a instalação, é necessário que o estudante insira o login e a senha cadastrados no sistema de inscrição do Enem. O aplicativo possui a função alerta, que permite ao usuário selecionar quais informações ele deseja ser notificado quando forem atualizadas dentro do cronograma.

É possível também fazer check list das ações já concluídas durante as etapas do exame, e o que continua pendente. No mural de avisos, o participante acessa os avisos e comunicados oficiais enviados pelo Inep.

INSCRITOS

Na edição deste ano, o MEC informou que houve quase um milhão de inscritos a mais do que a de 2015 (7.746.057). Para o ministro Mendonça Filho, os números mostram uma consolidação positiva. “Neste ano enfatizaremos transparência e segurança. Todo esforço para que a gente possa ter um Enem com sucesso será empreendido”, ressaltou.

Para a presidente do Inep, Maria Inês Fini, a evolução das inscrições mostra que o crescimento está equivalente à edição de 2015. “Por Estado, a distribuição foi equilibrada. Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro foram os que cresceram menos e ainda assim superam o número de inscrições confirmadas em relação ao ano anterior.”

PROVAS

Dividido em duas etapas, o exame será aplicado nos dias 5 e 6 de novembro. São quatro provas objetivas, com 45 questões cada, e uma redação. No primeiro dia, o exame terá duração de quatro horas e meia e contemplará as disciplinas de ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia) e ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia).
Já o segundo dia, com duração de cinco horas e meia, será dedicado a linguagens, códigos e suas tecnologias (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação), redação e matemática e suas tecnologias. Nas duas datas, os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). O exame começa às 13h30.