Em busca de evolução: Portos do Paraná destaca avanços e desafios no Fórum Brasil Export em Brasília


Por Luiza Rampelotti Publicado 20/10/2023 às 16h55 Atualizado 19/02/2024 às 02h50

Nesta semana (16, 17 e 18), aconteceu, em Brasília, o Fórum Brasil Export, um dos maiores fóruns do país sobre infraestrutura e logística portuária nacional e internacional. A empresa pública Portos do Paraná participou do evento e apresentou os resultados obtidos nos últimos anos.

Uma das ações realizadas no Fórum foi o Encontro Nacional de Autoridades Portuárias e Hidroviárias que contou, inclusive, com portos de língua portuguesa, como os da África. Durante a atividade, foram debatidos temas como travamentos jurídicos dos processos portuários, além do sistema e a indústria como um todo, bem como os desafios do setor, com o intuito de estimular a discussão de questões operacionais, administrativas e técnicas para o desenvolvimento permanente do sistema portuário nacional.

Para o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a participação da empresa pública nos eventos portuários é de grande importância. “A Portos do Paraná é referência em diversas frente do setor portuário; somos a primeira empresa pública a discutir a concessão do Canal de Acesso, que dá possibilidade à iniciativa privada de investir, ao longo de 25 anos, mais de R$ 1 bilhão no canal. Estamos desenvolvendo um projeto ferroviário super audacioso que é o Moegão. Além disso, até o ano passado éramos a única empresa pública a ter a delegação de competências, ou seja, o Ministério de Portos e Aeroportos nos reconhece como habilitados a representá-los nas licitações e podemos tocar os nossos processos de forma independente. Tudo isso demonstra a importância de participarmos de um evento como esse”, diz.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, abriu o Encontro Nacional de Autoridades Portuárias e Hidroviárias, que aconteceu durante o Fórum. Foto: Portos do Paraná

Entraves jurídicos

O diretor de Desenvolvimento Empresarial da empresa, André Pioli, também esteve em Brasília agregando conhecimento e destacando as ações desenvolvidas pelos portos paranaenses. Ao JB Litoral, ele destaca os principais pontos discutidos no Fórum, com realce para a questão jurídica, que ele considera como “travamentos”.

Essas discussões sobre os travamentos jurídicos, tanto através das agências reguladoras quanto da Receita Federal e Ministério Público foram muito importantes, pois é necessário descobrir como superar as dificuldades impostas. A questão principal foi: como resolver, como desatar esses nós e fazer a indústria portuária prosperar?”, explica.

Como exemplo, ele traz a derrocagem da Pedra da Palangana, no canal de acesso ao porto de Paranaguá, que desde 2009 enfrenta embargos judiciais para poder ser executada. “Além disso, vamos fazer o Moegão e há um travamento jurídico grande, muitas dificuldades, mas precisamos superá-las. Por isso, fizemos essas discussões na presença de vários ministros do Supremo Tribunal Federal e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho”, diz.

A questão principal foi: como resolver os entraves jurídicos, como desatar esses nós e fazer a indústria portuária prosperar?“, afirmou André Pioli. Foto: Divulgação

Novidades

Outro ponto de destaque apresentado pela Portos do Paraná no fórum foi o processo de concessão do Canal de Acesso, conhecido como Canal da Galheta. “O porto de Paranaguá será o pioneiro a fazer esse tipo de concessão e existe uma grande expectativa do mercado com relação ao desenvolvimento desse projeto. Então, todos estão observando o que está acontecendo aqui e como será feito para levar para os outros portos também, pois é um projeto que irá baratear os custos da navegação, dar mais infraestrutura para que os navios possam entrar com mais segurança em nossos portos e garantir investimentos bilionários para os portos paranaenses, superando os entraves jurídicos que uma empresa pública possui”, esclarece.

Pioli também ressalta a novidade da participação dos portos da África que trocam mercadorias com o Brasil, como os de Angola e África do Sul. Para ele, essa troca de informações entre os portos dos dois continentes é muito importante.

Pudemos discutir sobre os pontos positivos dos portos da África e falar sobre os nossos destaques; trocar informações sobre como funciona lá e aqui; o que podemos aprimorar aqui que lá já funciona, e vice-versa”, comenta.

Além disso, o diretor-empresarial ainda adianta, ao JB Litoral, que na próxima terça-feira (24), representantes da Portos do Paraná estarão nos Estados Unidos para receber mais um prêmio, dessa vez concedido devido à boa relação entre o porto e a cidade. O trabalho de conexão entre a empresa pública e os cidadãos do Litoral é desenvolvido pela Diretoria de Desenvolvimento Empresarial. “Esse trabalho de fortalecimento dos vínculos entre o porto e a cidade foi executado com muito carinho, muita dedicação, e nos rendeu esse importante prêmio, que é uma conquista para todos nós e serve de exemplo para os demais portos das Américas. Hoje somos referência nessa relação com a população também”, conclui Pioli.