Escolas de samba de Antonina dão um show de história e cultura na avenida


Por Cleverson Teixeira Publicado 12/02/2024 às 18h57

Com enredos que retratam a história das balas de banana, dos super-heróis, da lua e da floresta, quatro escolas de samba desfilaram pela avenida principal, na noite do último domingo (11), em Antonina. As apresentações ocorreram das 21h30 às 3h30.

O número de integrantes de cada agremiação girava em torno de 600 a 800. Com uma versatilidade de fantasias e componentes, crianças, adolescentes, jovens e idosos mostraram a força de suas diferentes gerações para o público.

A primeira escola de samba a desfilar foi a Filhos da Capela, que levou para a avenida o samba-enredo “Minha doce Antonina, Viva a Bala de Banana”. Fundada em 1948, a azul e branco embalou os foliões com o refrão “Vem provar essa doçura, que invade a passarela. Tem bala de banana com açúcar, na receita da Filhos da Capela”.

Na sequência, a Unidos do Portinho – com 41 anos de existência- inspirada nos super-heróis, retratou a infância por meio do tema “Meu mundo encantando, como era bom ser criança”. A plateia, a qual lotou as escadarias e as calçadas do munícipio antoninense, cantou junto com os intérpretes: “Venha comigo nesse agito, o meu Portinho chegou, o tempo de criança se realizou”.

Duas últimas escolas

Por volta de 0h30, a Leões de Ouro – criada em 1991 –  surgiu com o samba-enredo “No mundo da lua”. Um dos objetivos do tema era mostrar a  influência desse satélite natural sobre o mar e atividades cotidianas, como evidencia os trechos ” Se brilha no céu, é maré cheia, oh”; “Tem plantação ou pescaria. De minguante à crescente! O poder da lunação!”.

Por fim, a responsável pelo encerramento dos desfiles foi a Batel. A tricolor, de 77 anos, destacou o povo da floresta com o enredo “Kariîó Ybi (Carijós) – Filhos desse chão, donos desse lugar”. O Anhangá, protetor da mata – uma das figuras do folclore brasileiro e da cultura indígena – fez parte da composição musical.

“Meu Batel te contagia, Anhangá sua magia, não derruba o meu cocar… Kariîó, filhos do chão, pescadores de ilusão, dançam para comemorar”, cantavam o grupo de intérpretes da Batel, que terminou a sua apresentação quase às 4h desta segunda-feira (12).

Neste ano, assim como em 2023, não haverá concurso para escolha do melhor desfile.

Trabalho árduo e segurança

Todos os anos, os carnavalescos enfrentam muito trabalho para colocar as escolas de samba na avenida. Bingos e outras atividades são realizadas para a arrecadação de fundos. De 2023 para 2024, não foi diferente, segundo a presidente da Associação das Escolas de Samba, Blocos Carnavalescos e Folclóricos de Antonina (AESBA), Elise Nilce Corrêa.

“As escolas de samba tiveram um trabalho árduo ao longo do ano. As que possuem barracões realizam eventos. Houve um repasse, uma verba por parte da prefeitura, para a associação, para que fosse destinada às agremiações. A verba foi repassada e eles trabalharam em cima disso, também”, explicou a presidente da AESBA.

E sobre o título de melhor carnaval do Sul do país, o secretário de Turismo e Cultura de Antonina, Thiago Afonso de Souza, conversou – na avenida do samba – com o JB Litoral. De acordo com ele, a organização do evento pensa, em primeiro lugar, no bem-estar dos foliões.

“É um Carnaval com segurança. A gente sempre preza por isso e fala para o turista que é uma festa que todo mundo vem para se divertir, todo mundo se respeita.Pensamos em todos. É um carnaval gostoso. Por isso é considerado o melhor do Sul do Brasil”, finalizou.

Programação desta segunda (12)

16h: Baile infantil;

19h: Corrida rústica;

20h: Concurso das Escandalosas e Charmosas;

22h: Baile público.

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