Estado confirma 7º caso de gripe aviária no Litoral; confirmação é a 2ª em Guaraqueçaba, todos os registros ocorreram em aves silvestres
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou o segundo caso positivo de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1), em ave silvestre, em Guaraqueçaba. O resultado sobre a primeira ave infectada na cidade saiu na quarta-feira (5), conforme noticiou o JB Litoral, e o segundo foi confirmado na última sexta-feira (7).
Ainda segundo a Adapar, os casos foram registrados em aves silvestres da espécie Thalasseus maximus, também conhecida como trinta-réis-real, encontradas no município.
Trabalho conjunto
Segundo informou ao JB Litoral, nesta segunda-feira (10), o diretor da Vigilância Sanitária de Guaraqueçaba, Francisco Romano Nunes Júnior, as aves que testaram positivo foram encontradas na Sede e na Ilha de Superagui.
“Pessoal da Adapar esteve aqui fazendo o trabalho com os nossos agentes e estamos em campo já empregando os conhecimentos”, disse o diretor.
Todos no Litoral
O Paraná apresenta, até o momento, sete focos da doença, todos em aves silvestres no Litoral. Os demais casos foram registrados nas cidades de Pontal do Paraná (3), sendo dois em aves da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalesseus maximus) e um na Trinta-réis-real (Thalesseus maximus); em Antonina (1) e em Paranaguá (1), ambos em aves da espécie Trinta-réis-real (Thalesseus maximus).
Também de acordo com a Adapar, as medidas de vigilância em propriedades em torno dos focos estão em andamento.
Diagnóstico
As amostras são enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.
A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.
Capacitação e restrições
A Agência também promoveu, recentemente, a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva para atendimento das questões sanitárias.
No final de junho, por meio de uma portaria, a Adapar suspendeu por 90 dias o trânsito de aves do Litoral para mitigar a disseminação da doença.
Casos verificados apenas em aves silvestres
A infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.
Orientações
A Adapar orienta que a primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.
Assim como a gripe humana, os vírus da influenza aviária causam nas aves problemas respiratórios, como tosse, espirros, corrimento nasal, fraqueza, falta de ar, complicações respiratórias, a exemplo de pneumonia e falta de apetite.
Contágio em humanos
Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades, pelo telefone 41 3313-4013 ou por meio da plataforma e-Sisbravet.