Vereador critica incompetência do secretariado do Prefeito Ariad Júnior


Por Redação JB Litoral Publicado 23/04/2018 às 03h36 Atualizado 15/02/2024 às 02h26

Na última semana, em sessão legislativa da Câmara Municipal de Guaraqueçaba, o Vereador Alcendino Ferreira Barbosa (PSDB), o “Thuca da Saúde”, criticou abertamente a gestão do Prefeito Hayssan Colombes Zahoui, o “Ariad Júnior” (MDB), no que diz respeito à competência do trabalho do seu secretariado.

Para ele, o prefeito está mal assessorado e elencou os inúmeros erros em projetos que podem prejudicar a administração em diversas pastas e, consequentemente, a população.

Ao comentar projetos de lei enviados pelo Executivo, citou o Projeto 27/2018, que pede autorização para crédito adicional de R$ 146 mil, questionando qual seria sua finalidade. “Este crédito, na verdade, é para a construção de um posto de saúde aos índios. O recurso já era para ser usado na gestão anterior, mas como está com um processo de inquérito no Ministério Público Federal, por ser recurso da saúde indígena, demorou-se a fazer este procedimento. Foi o Presidente Abelardo que nos encaminhou quando prefeito em junho de 2017 e foi aprovado nesta casa. Aí passou julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, seis meses para conclui-lo e o que aconteceu? Nada”, disparou lembrando que, após seis meses sem execução, acabou voltando para apreciação da Câmara. 

“Veio um novo projeto com um superávit para ser construído. Não sei o que o pessoal está fazendo que fica atrasando estas coisas, como a secretária não está aqui para justificar, espero que alguém justifique a respeito disto”, cobra o vereador.

 

Thuca trouxe, também, a situação da construção de uma creche, aprovada quando o atual Presidente da Câmara, Abelardo Sarubbi (PTB), era prefeito interino, no valor de R$ 1.349.000,00 (um milhão e trezentos e quarenta e nove mil reais). “Nós cobramos, fomos lá com outros vereadores, mas o mato está passando de dois metros de altura e a creche está parada. Soube, por parte da engenharia, que seria uma questão de um aditivo para fazer o muro. Não sei o que está acontecendo na Secretaria de Planejamento que não apura esta situação. Não sei se a questão de repasse do Governo Federal, ou que só foi a Prefeitura fazer um repasse de R$ 26 mil para a empresa e no outro dia ela foi embora e, para mim, a obra está abandonada. Fiz um requerimento, mas não existe resposta e fica aqui a minha crítica a respeito desta situação”, comenta Thuca da Saúde.

Módulos sanitários

O vereador abordou, ainda, a questão da saúde pública, no caso dos módulos sanitários que estariam com problemas em torno da adequação. Segundo ele, o projeto antigo afirmava que seriam investidos R$ 263 mil em módulos sanitários, ou seja, na construção de banheiros para pessoas que não possuem sanitários em suas casas, porém até hoje não teriam sido feitos.

“Este projeto veio para esta Casa no dia 29 de agosto, teve cinco meses para concluir os banheiros e levá-los para as comunidades, mas isto não foi ocorreu. Retornou para cá como outro projeto, mas que está errado. O anterior é um convênio, encaminhado quando o prefeito era Abelardo que encaminhou as duas funcionais, que era aquisição e construção dos banheiros e aquisição de uma embarcação chata.          Mandaram o projeto pela metade, somente o recurso para melhorias domiciliares, faltando no projeto a chata. Não sei o que fizeram com a chata, não está aqui para ser aprovado”, critica pedindo que não ocorra como aconteceu com uma prensa que está guardada na Secretaria de Meio Ambiente e era para ser usada no reciclável e ainda não foi destinada.


Recurso milionário com projeto equivocado

Thuca da Saúde fez um alerta do Projeto de Lei 25/2018, que traz cerca de R$ 1 milhão para a saúde pública. “Este projeto, pelo que tenho conhecimento e discuti com o controle interno, não seria abertura de crédito adicional e sim de um crédito suplementar, até porque ele é uma reclassificação de fonte de recurso, algo que mudou de acordo com a Nota Técnica 06/18 do Tribunal de Contas e a portaria do Ministério de Saúde. Só que esqueceram de colocar a Nota Técnica 06, porque existe, hoje, com a mudança dos blocos de financiamento, só dois blocos de financiamento na saúde. São dois investimentos e custeio, está correta a alteração na funcional, agora o escopo da lei para mim está errado, por ser fonte de recurso e seus dois blocos e está errado também na justificativa na questão das notas técnicas”, ressalta.

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