Liberdade e alegria: cadeiras anfíbias garantem que pessoas com deficiência tenham momentos de lazer e inclusão nas praias

Em uma semana de atuação, o programa Praia Acessível, uma iniciativa do Governo do Estado em parceria com a Sanepar e a Secretaria do Desenvolvimento Social e Família, já alcançou a marca de 100 atendimentos no Litoral. O projeto, que oferece cadeiras anfíbias adaptadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, se destaca por proporcionar momentos de lazer, inclusão e reencontros emocionantes.

As cadeiras são equipadas com rodas especiais, cinto de segurança regulável, encosto, assento, apoio cervical para a cabeça e apoio para os pés em tecido emborrachado, removível e lavável. São flutuantes e confeccionadas em material leve, resistente e inoxidável. Sua altura permite que o usuário entre no mar ou em rios com segurança, e seu uso é orientado por profissionais qualificados.

Pontos de atendimento

As cadeiras anfíbias estão disponíveis em seis pontos do Litoral, de terça-feira a domingo, das 9h às 12h e das 15h às 19h. A iniciativa seguirá até 13 de fevereiro de 2024, proporcionando experiências inclusivas e transformadoras.

• Guaratuba
  Praia do Cristo – Final da Avenida Atlântica s/n.
• Matinhos
  Balneário Caiobá – Av. Atlântica, entre as ruas Londrina, Apucarana e Ponta Grossa;
  Final da Travessa Morena e início da Rua das Sereia.
• Pontal do Paraná
  Ipanema – Av. Dep Anibal Khury, no final da Av. São Luís;
  Shangrilá – Av. Dep. Anibal Khury, no final da Av. Edo Puhl;
  Praia de Leste – Avenida Dep. Anibal Khury, no final da Rua Rio Grande do Norte.
• Ilha do Mel (Paranaguá)
  Praia Nova Brasília;
  Praia Encantadas.

Atendimento sem agendamento prévio

O programa conta com profissionais formados ou estudantes de fisioterapia e educação física, que estão disponíveis em cada posto de atendimento das 09h às 19h, oferecendo suporte para que as pessoas com deficiência possam desfrutar do mar de forma segura e confortável. A cadeira anfíbia não exige agendamento prévio, facilitando o acesso e garantindo que todos tenham a oportunidade de participar.

O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, ressaltou a importância da inclusão. “Estamos comprometidos com a promoção de uma sociedade inclusiva. Essas cadeiras anfíbias não apenas facilitam o acesso ao mar, mas também simbolizam nosso compromisso com a acessibilidade. Todos merecem desfrutar das belezas naturais que nossa cidade oferece“, disse.

Já a secretária municipal de Inclusão, Camila Leite, destacou a relevância da iniciativa para a inclusão social. “Essas cadeiras anfíbias representam um passo significativo em direção a uma sociedade mais inclusiva. Proporcionar experiências como essa é fundamental para garantir que todos tenham acesso igualitário aos recursos naturais de nossa cidade“, comentou.

Acesso sem barreiras: cadeiras anfíbias trazem liberdade e alegria

Como as cadeiras anfíbias têm rodas especiais que permitem o deslocamento na areia e no mar, elas têm sido fundamentais para garantir que pessoas como Mario Wilson de Mira, frequentador do Litoral desde 1980 e recentemente paraplégico, possam desfrutar novamente das belezas naturais. “Estou muito feliz. Pude sentir novamente a natureza, a sensação da água batendo no meu corpo graças a essa equipe, esse projeto fantástico. Eu agradeço muito o Governo do Paraná por essa iniciativa“, comemorou Mira.

Inclusão familiar e momentos inesquecíveis

Além de proporcionar lazer para as pessoas com deficiência, o Praia Acessível busca fortalecer vínculos familiares, como no caso de Mara Loretti Piazeto, cuidadora de uma prima com epilepsia. “O banho de mar é fundamental. É a realização de um sonho, ver a carinha dela feliz não tem preço. Não fosse isso, ela não conseguiria ter essa oportunidade“, afirmou.

Luzia Moreira, aos 101 anos, entrou no mar e aproveitou o momento com a família. Sua filha, Neuzira Moreira, elogiou o programa como uma excelente oportunidade de inclusão. “Achei muito bom, um projeto maravilhoso que torna acessível a praia para todos, inclusive para deficientes físicos e idosas como é o caso da minha mãe. Ela gostou muito“, comemorou.

*Com informações da AEN