Mãe pede ajuda para conseguir manter filha, de 3 anos, em tratamento contra o câncer


Por Flávia Barros Publicado 02/02/2023 às 21h20 Atualizado 18/02/2024 às 04h04

A vida da diarista Bianca Priscila Amorim Lacerda, 22 anos, sempre foi cheia de desafios. Até aí, tudo bem, todos têm seus obstáculos e dificuldades ao longo do caminho. Mas o JB Litoral conheceu, nesta quinta-feira (2), a história dessa parnanguara que está precisando de empatia e solidariedade, porque os desafios estão cada vez maiores. Bianca foi mãe aos 13 anos, hoje tem três filhos; de 9, 6 e 3 anos e, por isso, as dificuldades aumentaram, ainda mais, depois da separação com o pai das crianças, que está desempregado.

Mãe solo, ela teve que trabalhar mais: durante o dia é diarista e, à noite, está na função de atendente em uma distribuidora de bebidas. A única ajuda vem da avó paterna das crianças, que cuida delas para que a mãe trabalhe.

Apesar das dificuldades, Bianca vinha lutando e se mantendo como podia, até que percebeu que a filha mais nova, portadora da Síndrome de Down, começou a apresentar mudanças de comportamento no final de novembro do ano passado.

ATÉ O DIAGNÓSTICO

Em Paranaguá, a mãe conta que levou a pequena Myrela duas vezes para a UPA. “Na primeira semana, os médicos falaram que podia ser uma virose. Na segunda semana, disseram que poderia ser uma verminose, porque ela estava com a barriga inchada. Porém, ela estava pálida, vomitando, não comia nada e não fazia cocô“, relata a mãe.

Sem notar melhora, Bianca decidiu levar a filha diretamente ao Hospital Regional do Litoral (HRL). “Chegando lá, eles fizeram exame de sangue e viram que ela estava com as taxas bem abaixo do normal. Encaminharam aqui para o Erastinho para ser confirmado, e só aqui tivemos o diagnóstico“, diz.

Myrela deu entrada na unidade pediátrica do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, o Erastinho, em 4 de dezembro. O estado de saúde era tão preocupante que a criança foi direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Dois dias depois, em 6 de dezembro, veio o diagnóstico: a filha tem leucemia mieloide aguda (LMA), que é um câncer do sangue e da medula óssea, considerada uma doença rara, mas que tem tratamento e que precisa ser iniciado o mais rápido possível.

TRATAMENTO E AJUDA

Sem ter onde ficar na capital, Bianca conseguiu ser incluída no programa de uma Casa de Apoio conveniada com o hospital. “Larguei tudo e vim com ela. Graças a Deus ela está fazendo o tratamento totalmente pelo SUS; temos moradia, alimentação básica e transporte da casa para o hospital. Só alguns remédios que eu estou tendo que comprar, porque ainda não consegui pegar no posto e estou aguardando a liberação deles. Também algumas coisas extras de alimentação, higiene pessoal e transporte para quando preciso ir a Paranaguá ver meus outros filhos, por isso eu preciso de ajuda“, detalha a diarista.

Nesses quase dois meses alternando entre internação e idas e vindas da UTI, Bianca vem passando por dificuldades, pois não tem como trabalhar e ainda não conseguiu finalizar o processo para que a filha comece a receber os auxílios a que tem direito. Além disso, o tratamento continuará por, pelo menos, mais cinco meses,

Não tenho o que fazer e nem tenho como trabalhar com ela nessa situação. São pelo menos seis meses fazendo esse tratamento. Por isso abri essa vaquinha, para conseguir me manter com ela aqui, comprar as coisas básicas que ela precisa e ajudar os meus outros dois que estão em Paranaguá“, desabafa a mãe.

Bianca e Myrela, nesta quinta-feira (2), durante conversa com o JB Litoral.

COMO AJUDAR

Bianca estima que o valor de R$ 1 mil por mês, no tempo em que vai precisar ficar em Curitiba, daria para suprir o básico enquanto ela não pode se ausentar para trabalhar. Para isso, foi criada a ajuda on-line, por meio de uma “vaquinha”, cuja meta é de R$ 5 mil. As doações podem ser feitas diretamente via internet, basta clicar AQUI.

É o que eu espero conseguir para me manter aqui até o momento que vier o benefício dela. Enquanto eu não consigo pegar, eu vou tentar ficar por aqui com essa ajuda. Fico muito feliz e agradecida a todos que puderam nos ajudar. Vou economizar o quanto puder e tentar suprir o máximo das necessidades dela“, finaliza a mãe da Myrela, do Bryan e da Isadora, que não veem a hora de poder estarem todos juntos novamente.

Para mais informações, quem preferir, pode entrar em contato direto com a Bianca pelo telefone (41) 9 8517-4464.