Marinha interdita embarcações da travessia e Guaratuba decreta calamidade


Por Marinna Prota Publicado 14/07/2021 às 22h22 Atualizado 16/02/2024 às 07h38

Na tarde da quarta-feira (14) após uma embarcação ficar a deriva por problemas mecânicos no dia 13 de julho, a Capitania dos Portos realizou uma vistoria para averiguar o problema. Aliado a isso, a prefeitura de Guaratuba decretou estado de calamidade por conta dos problemas frequentes na operação da balsa. A empresa foi procurada pelo JB Litoral, mas até o fechamento desta reportagem não havia respondido aos questionamentos.

“Apenas formaliza uma situação que estamos constatando a várias semanas. O real estado de calamidade pública que se encontra o serviço de travessia marítima sobre a bacia de Guaratuba. Aquilo que em um primeiro momento poderia parecer um dissabor, extrapola todos os limites oferecendo riscos a integridade dos usuários”, disse o prefeito Roberto Justus.

Em nota, a capitania, órgão fiscalizador de serviços marítimos informou que foram encontradas avarias em algumas embarcações que operam na travessia de Guaratuba. A balsa ficou a deriva por 40 minutos, com passageiros dentro, aguardando o resgate.

“A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Paraná (CPPR), informa que por volta das 15h30 do dia 13 de julho de 2021 o rebocador “San Belo”, que se encontrava rebocando a balsa “Rainha dos Valadares”, teve uma avaria de máquinas, deixando o conjunto rebocador e balsa à deriva, ambos pertencentes a empresa concessionária da travessia de Guaratuba. O Rebocador e a balsa da travessia foram resgatadas e os passageiros foram transportados, cerca de 40 minutos após o incidente, em segurança, ambos apoiados por um Ferry Boat da empresa”, informou a nota enviada à imprensa.

O problema foi avaliado através de uma inspeção de rotina feita pela Marinha, responsável pela fiscalização e a salvaguarda dos cidadãos que fazem o trajeto. “Durante as últimas fiscalizações, não houve pendências relativas a
segurança, não havendo restrições para operação dessas embarcações”, afirmou a CPPR. No entanto, o órgão salientou que “em virtude da avaria de máquinas ocorrida, será instaurado um Inquérito Administrativo
com o objetivo de apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades dos fatos”.

Vistoria

Na manhã do dia 14 julho a capitania enviou um vistoriador para observar o ocorrido com a embarcação na terça-feira. Na ocasião, a Marinha também realizou a inspeção das balsas envolvidas no transporte e na operação. “Durante essa fiscalização, foi constatada uma avaria no costado da embarcação “Guaraguaçu” e inoperância em dois motores do rebocador “San Belo”, afetando diretamente a segurança da navegação, motivando a retirada de tráfego das mesmas, ou seja, impedindo a sua navegação até que sejam realizados os reparos necessários a fim de serem liberadas para operar pela CPPR.”

A capitania informou que as embarcações “Nhundiaquara” e “Piquiri” não apresentaram problemas de segurança aos passageiros e continuam autorizadas a operar.