Ministério da Agricultura apreende 9 mil garrafas de azeite de oliva fraudado em Paranaguá e Guaratuba


Por Redação Publicado 04/12/2023 às 10h00 Atualizado 19/02/2024 às 06h32
O produto era identificado como azeite de oliva extravirgem de origem espanhola. Foto: Divulgação/MAPA

*Com informações do MAPA

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu cerca de nove mil garrafas de azeite de oliva fraudado numa rede de supermercados, durante uma operação de fiscalização realizada no mês de novembro, nos municípios de Paranaguá e Guaratuba. O produto era identificado como azeite de oliva extravirgem de origem espanhola.

Durante a fiscalização, foram verificados dois tipos de cápsulas de fechamento das garrafas do produto apreendido e as caixas onde estavam acondicionadas apresentavam inscrições em português e sem qualquer identificação do produto espanhol. Também foram encontradas caixas que aparentemente eram utilizadas pelos fornecedores das garrafas vazias, utilizadas para embalar o azeite fraudado.

Essas suspeições chamaram a atenção da equipe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (SIPOV), da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Paraná (SFA-PR), que apreendeu cautelarmente toda a mercadoria e coletou amostras para enviar ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA-GO) para análises laboratoriais físico-químicas de confirmação da identidade e qualidade do produto.

Também foram enviadas amostras para o Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear (LabRMN) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde foram minuciosamente analisadas, utilizando-se a técnica de espectroscopia de ressonância magnética nuclear, que possui a capacidade singular de identificar a composição de óleos vegetais, incluindo o azeite.

Resultado da análise

Os testes foram conduzidos diretamente nas amostras do produto coletado, demandando apenas alguns segundos para conclusão da análise, comprovando que o produto não era azeite de oliva e que o óleo utilizado na fraude era óleo de soja.

O laudo também apontou que as duas amostras com cápsulas de fechamento de garrafas diferentes possuem perfil espectral idênticos, indicando que ambas apresentavam a mesma origem.