Nunca antes na história: Portos paranaenses quebram recorde anual com mais de 60 milhões de toneladas em 2023


Por Flávia Barros Publicado 12/12/2023 às 18h45 Atualizado 19/02/2024 às 07h32

A Portos do Paraná alcançou nesta terça-feira (12) uma marca histórica: a empresa pública registrou mais de 60 milhões de toneladas movimentadas em 2023, primeira vez que alcança esse patamar na operação de cargas em um único ano. De acordo com o Governo do Estado, esse foi o segundo recorde alcançado em sete dias. O primeiro ocorreu em 27 de novembro, com a movimentação de 58,4 milhões de toneladas, superando as 58,3 milhões de toneladas movimentadas em 2022, que tinha sido o maior número até então.

Ao todo, foram cerca de 61 milhões de toneladas movimentadas nos portos de Paranaguá e Antonina, resultado de um crescimento contínuo ao longo do ano. De janeiro a novembro, houve um aumento de 17% nas exportações em comparação a 2022 (de 33,3 milhões de toneladas para 38,8 milhões de toneladas). As importações se mantiveram praticamente no mesmo patamar, de 20,2 milhões de toneladas em 2023 para 20,7 milhões até novembro de 2022.

As cargas que tiveram destaque neste recorde, em toneladas, foram a soja (aumento de 43%, de 9,6 milhões de toneladas para 13,7 milhões de toneladas) e açúcar a granel (26% de evolução, de 3,8 milhões de toneladas para 4,7 milhões).

Encontro na sede do Governo

Na tarde desta terça, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) comemorou a marca inédita com um ato no Palácio Iguaçu, acompanhado pelo vice-governador Darci Piana (PSD), do secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e do diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Segundo o governador, a marca superou as expectativas graças à boa gestão da Portos do Paraná, reconhecida como a melhor do Brasil. “A eficiência da equipe fez com que superássemos a meta de 60 milhões em cargas movimentadas, algo que estava previsto apenas para o ano de 2030”, afirmou.

Muitos se lembram das filas no Porto de Paranaguá, que envergonhavam os paranaenses, mas hoje ele é motivo de orgulho, eleito por quatro vezes consecutiva o melhor do País. O compromisso do Estado é continuar investindo em uma logística eficiente, porque isso ajuda o produtor rural, a indústria, as exportações do Paraná e de outros estados que utilizam os portos paranaenses”, completou Ratinho Junior.

JB Litoral acompanhou

A reportagem do JB Litoral esteve no Palácio Iguaçu, onde conversou com Luiz Fernando Garcia. De acordo com ele, a eficiência é uma marca dos portos paranaenses, que contam com menos de 5 quilômetros de extensão para acostagem de navios. “Não à toa somos reconhecidos como um dos portos mais eficientes do mundo, movimentando um grande volume de cargas em um espaço reduzido. Isso só foi possível graças à muita inteligência logística, ajustes operacionais, adequações em tempo de manobras de caminhões e trens, o que fez com que alcançássemos 10 milhões de toneladas a mais de carregamentos e descarregamentos em comparação ao patamar de quando assumimos a gestão em 2019”, disse.

O gestor também ressaltou que nos próximos dias os números alcançarão um patamar ainda mais expressivo.

É uma satisfação anunciarmos essa marca faltando ainda duas semanas parta acabar o ano. Nós temos produto, condições operacionais muito adequadas e se o tempo nos permitir termos números ainda mais elevados. Nesse ano que mais choveu, será o ano em que chegaremos aos 64 milhões de toneladas. Começaremos 2024 com o desafio de superar 2023, como tem sido desde 2019“, concluiu.

Acompanhe o que disse Luiz Fernando Garcia:

Ampliação da Infraestrutura

Para o ano que vem, a expectativa da administração da Portos do Paraná é de seguir com esse movimento de alta. Para isto, nos próximos meses será iniciada a construção do Moegão, obra orçada em R$ 592 milhões, e que consiste na implantação de um sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos. A estimativa é de um ganho de 63% na capacidade de desembarque de cargas com a novidade concluída.

A ampliação da infraestrutura para o acesso portuário é fundamental para que possamos atingir o novo objetivo, que é chegarmos em 90 milhões de toneladas movimentadas, e para isso estamos preparando todos os modais com o novo Moegão, que é a maior obra portuária do Brasil, além das novas concessões rodoviárias”, afirmou o secretário Sandro Alex.

*Flávia Barros, com informações da AEN