Operação revela possível rede clandestina de venda de alfajor nas ruas de Paranaguá
Quem nunca foi abordado por um vendedor ambulante nas ruas de Paranaguá, oferecendo uma variedade de produtos? Na quarta-feira (20), porém, a cena familiar tomou um rumo inesperado quando uma ação coordenada pelas autoridades municipais revelou uma possível rede clandestina de venda de alfajores na cidade.
A operação, conduzida pela Secretaria Municipal de Indústria e Comércio de Paranaguá, com o apoio das secretarias de Urbanismo e de Segurança Pública, teve como alvo os potenciais vendedores sem licença e alvará. Três indivíduos foram abordados durante a ação, todos provenientes de Curitiba, capital do estado.
“Essa foi uma abordagem um pouco mais específica por se tratar de alimentos. Durante a ação, constatou-se que eles não possuíam qualquer licença para a venda do alfajor, sendo assim, foram notificados e retornaram para Curitiba. Os três já tinham antecedentes criminais“, segundo o secretário de Indústria e Comércio, Henrique Almada, ao JB Litoral.
Almada também destacou a tática duvidosa adotada pelos vendedores, que se apresentavam como representantes de casas de recuperação da capital, porém, não forneciam qualquer documentação relacionada à instituição. “Tenho ouvido muitos relatos sobre a maneira como eles abordam as pessoas, alegando serem de casas de recuperação, mas, na verdade, não apresentaram qualquer documentação comprovando isso“, disse.
Essa não foi a primeira vez que os indivíduos se aventuraram nas ruas de Paranaguá. “Todos são de Curitiba e aparecem todos os dias. Esta é a sexta ação que realizamos“, explicou Almada. A abordagem revelou uma série de irregularidades alarmantes. “Inicialmente, afirmaram não ter documentos e que não tinham histórico criminal. No entanto, após uma maior pressão, apresentaram a documentação e informações de que todos já haviam tido problemas com a polícia. Além disso, não forneceram o endereço da fábrica de alfajor, licença, CNPJ, nem informaram qual casa de recuperação estavam representando“, detalhou o secretário.
De acordo com ele, a operação destaca a importância da vigilância contínua das autoridades municipais para combater possíveis atividades clandestinas que possam representar riscos à saúde pública e ao comércio legalmente estabelecido.