Para evitar transtornos, Pontal do Paraná realiza limpeza de canais de drenagem desde 2021


Por Cleverson Teixeira Publicado 15/05/2024 às 14h38
Foram repassados, pelo Governo do Paraná, R$ 5,3 milhões para a limpeza dos canais. (Foto/prefeitura)
Foram repassados, pelo Governo do Paraná, R$ 5,3 milhões para a limpeza dos canais. (Foto/prefeitura)

Desde 2021, Pontal do Paraná tem realizado ações para evitar possíveis danos relacionados às condições climáticas. Em janeiro do mesmo ano, após o município sofrer com as chuvas torrenciais, a Prefeitura recebeu autorização ambiental, do Instituto Água e Terra (IAT), para executar a limpeza e desassoreamento dos aproximados 55 km de canais de drenagem. Essa ação está relacionada à retirada de areia e outros sedimentos do fundo dos canais.

No decorrer de 2023, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos dedicou-se à manutenção e limpeza de um total de 35 km de vias. Dessa extensão, apenas 9,5 km foram submetidas a trabalhos sob convênio, implicando na contratação de empresas por parte do órgão público municipal para a realização dessas atividades, enquanto o restante foi executado pelos próprios servidores.

Já para 2024, o objetivo é desassorear 50 km. Desses, 8 km serão limpos por meio de mão de obra terceirizada, incluindo a Lagoa Amarela, dos Balneários de Monções, Santa Terezinha, Ipanema e Marisol, além do canal que abrange as praias do Grajaú e Carmery. Segundo informações repassadas pela Prefeitura, sem a utilização dos convênios, a pasta responsável pelos trabalhos realiza, duas vezes ao ano, o desassoreamento de aproximadamente 47 km.

Ao JB Litoral, o secretário de Obras de Pontal do Paraná, Fábio de Oliveira, destacou a relevância do desassoreamento para evitar enchentes na região pontalense. Conforme ele, esse trabalho impede que outros problemas sanitários se desenvolvam na localidade.

A limpeza e o desassoreamento periódicos dos canais são essenciais para o bom funcionamento do sistema de macrodrenagem. Esse serviço, que é de cunho social e sanitário, é de fundamental importância, uma vez que minimiza problemas com as enchentes, com o transbordamento das fossas sépticas e com as consequentes propagações de doenças de veiculação hídrica”, declarou.


MAQUINÁRIO


Entre escavadeiras hidráulicas e retroescavadeiras, a Prefeitura conta com oito maquinários para atuar nos canais de drenagem. Diante disso, Fábio explicou como funciona a dinâmica do trabalho de desassoreamento.

As limpezas se dividem em pequenas valas. Elas podem ser executadas com retroescavadeiras. Assim como outras cidades litorâneas, Pontal possui construções irregulares no entorno dos canais, as quais impossibilitam a limpeza com equipamentos comuns, sendo necessária a locação de escavadeiras com braço longo”, pontuou.

O servidor público ainda mencionou o canal da Lagoa Amarela, que atravessa a cidade. De acordo com ele, essa extensão é a mais difícil de limpar, já que está cercada de edificações. “O caso do canal da Lagoa Amarela, que corta o município, é ainda pior. A profundidade e as construções no seu entorno impossibilitam a limpeza. Porém, com o convênio realizado com o Governo, foi possível a locação de uma escavadeira flutuante, que consegue realizar o desassoreamento”, concluiu o secretário de Obras.

INVESTIMENTOS


Entre os anos de 2021 e 2023, a compra dos maquinários e a manutenção das frotas – que envolvem a aquisição de três retroescavadeiras, peças, combustível e revisão do parque de máquinas – foram realizadas com verbas municipais, totalizando R$ 4 milhões.

Já para a execução do desassoreamento dos canais, os recursos foram repassados pelo Governo do Estado, os quais já somam R$ 5,3 milhões. Somente em 2024, o município recebeu R$ 2,6 milhões, que englobam R$ 1,7 milhão para os trabalhos atuais de limpeza e R$ 968 mil para o canal artificial do Departamento Nacional de Obras Saneamento (DNOS) de Pontal do Sul.

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