Paraná decreta emergência zoosanitária devido à gripe aviária


Por Flávia Barros Publicado 26/07/2023 às 01h47 Atualizado 18/02/2024 às 18h14
Até agora, todos os casos do PR foram registrados aqui na região. Foto: Arquivo/UFRGS

O Governo do Paraná decretou, nessa terça-feira (25), estado de emergência zoosanitária no estado pelo prazo de 180 dias. De acordo com o governo, a medida serve para agilizar o atendimento nos casos notificados de suspeita de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) e ter acesso facilitado a recursos no combate à doença. A medida, que teve aprovação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), é uma forma de alinhar as ações com o Ministério da Agricultura e Pecuária.

Em maio, o ministério já havia adotado essa providência e agora orientou para que decretos semelhantes fossem assinados pelos estados com vistas ao trabalho conjunto entre as 27 unidades da Federação e o Distrito Federal, garantindo agilidade nos processos, disponibilidade imediata de recursos, caso necessário, e segurança para os importadores do frango brasileiro e para os consumidores”, afirmou a administração estadual em seu site oficial.

Outros estados

Além do Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins também já adotaram decreto semelhante.

É importante deixar claro que essa é uma medida protetiva. Com esse decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, livrando-nos de algumas barreiras burocráticas caso se detecte a gripe aviária”, salientou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que também preside o Conesa.

Sob controle

Até agora o Paraná detectou sete casos da doença, todos no Litoral, apenas em aves silvestres migratórias, o que, segundo o governo, está dentro do esperado, visto que há migração natural de pássaros entre os continentes em busca de alimentação e para reprodução.

De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), todos os focos já foram declarados encerrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Como agir

Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades, pelo telefone 41 3313-4013 ou por meio da plataforma e-Sisbravet.

A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves, que pode ser acompanhada por sinais clínicos nervosos, digestórios e/ou respiratórios, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.