Passageiros e funcionários reclamam de banheiros em estado precário na rodoviária de Paranaguá
O chão completamente alagado, sacolas e luvas amarradas para tentar conter vazamentos das torneiras, fios elétricos expostos e vasos sanitários interditados ou sem descarga funcionando corretamente. Esta é a situação dos banheiros da rodoviária de Paranaguá.
O JB Litoral esteve no local, após receber uma denúncia do turista de São Francisco do Sul (SC) Heins Gross. Ele esteve na cidade no dia 15 de novembro para as festividades do Dia de Nossa Senhora do Rocio.
“Garrafa pet, saco plásticos e saco de supermercado (amarrados para tentar conter o vazamento das torneiras), quase todas as torneiras quebradas e fio elétrico exposto na pia e mictório”, explicou Gross. Ele disse que teve que se “virar” para usar o banheiro. “Homem sempre dá um jeito, mas o estado do banheiro era terrível”, comenta.
O turista, que sempre vem para Paranaguá para a Festa do Santuário do Rocio, deu um puxão de orelha na Prefeitura da cidade. “Nos deparamos com o estado lamentável da rodoviária. Ela deveria ser um cartão de visita da cidade”, disse.
Funcionária faz xixi no balde
Durante a visita da equipe do JB Litoral, o banheiro feminino foi encontrado sem condições de uso. Dos poucos vasos sanitários que não estavam interditados, muitos estavam sujos de fezes.
Uma funcionária de uma empresa, que não quis se identificar, disse que prefere fazer xixi em um balde do que entrar no banheiro do local. Segundo ela, os trabalhadores das lanchonetes que atuam no local são ‘obrigados’ a usar o banheiro. “Não sei como eles conseguem porque não tem condições, principalmente o banheiro masculino”, disse ao JB.
Responsabilidade da Prefeitura
A rodoviária de Paranaguá é administrada pela Prefeitura, que recebe os valores provenientes das taxas de embarque para sua manutenção. A assessoria da Viação Graciosa, uma das empresas que opera no terminal rodoviário, informou que repassou R$ 15.997,70 no mês passado, referentes a 3.897 embarques, com uma taxa de R$ 4,10 por passageiro. Já a empresa Penha, também operante no terminal, informou que também cobra uma taxa de embarque no valor de R$ 4,10 por passageiro e faz o repasse a Prefeitura.
O JB Litoral questionou a Prefeitura de Paranaguá sobre a limpeza e manutenção do local. Apesar das tentativas de contato, a administração pública não respondeu aos questionamentos.