PCDs têm 50 novas oportunidades de emprego em Paranaguá; confira as vagas


Por Redação Publicado 25/02/2023 às 15h59 Atualizado 18/02/2024 às 05h36

EDIT – A reportagem foi editada na sexta-feira (3), após a empresa citada solicitar a diminuição no número de vagas de 100 para 50.

A empresa Coamo, em parceria com o Núcleo de Aprendizagem Profissional e Assistência Social (NURAP), está ofertando 50 novas vagas para Pessoas Com Deficiência (PCDs) no município de Paranaguá. Os aprovados receberão capacitação e acompanhamento, pelo período de dois anos, pelo NURAP.

Os cargos disponíveis são para ajudante de armazenista, ajudante de produção, ajudante de serviços gerais, almoxarife, auxiliar de peças, auxiliar de serviços administrativos, operador de produção e secretária. Para participar do processo seletivo, basta enviar um e-mail com currículo em anexo para cassie@nurap.org.br ou entrar em contato pelo WhatsApp 41 99639 3429. 

Trabalho social histórico

Fundada em 1987, em São Paulo, a NURAP iniciou suas atividades com a preparação de jovens e adolescentes para o mercado de trabalho. Aos poucos, a organização expandiu sua atuação, e, desde 2009, atua na capacitação e inclusão de PCDs no mercado profissional.

Durante a pandemia, a NURAP foi autorizada pelo Ministério Público do Trabalho a desempenhar a capacitação de forma virtual, o que permitiu que as atividades fossem ofertadas em todo o país. Atualmente, a organização possui diversos parceiros por todo o território nacional e segue com a capacitação das PCDs, que vai desde orientações sobre como aprender a se comportar no ambiente de trabalho até o aprendizado avançado de Libras.

Damos todo o apoio necessário no ambiente de trabalho. A gente costuma ‘pegar na mão e ensinar a andar’, mas o ideal é que a empresa e as pessoas que entram nela aprendam a caminhar sozinhas. Após os dois anos de capacitação, o ideal é que a pessoa já consiga seguir por conta própria”, diz a consultora de inclusão do NURAP Cassiê Vidovix.

Como funciona a contratação e capacitação

Segundo a consultora, a organização recebe o currículo e entra em contato com o interessado para entender melhor sobre a deficiência e os cargos que ele pode ocupar dentro da empresa que está ofertando as vagas. Após a triagem, a empresa entrevista o candidato, e, logo após a contratação, o NURAP dá início à capacitação.

Cassiê afirma que o Núcleo trabalha para incluir as PCD não só no mercado profissional, mas também na sociedade como um todo. “Durante muitos anos a pessoa com deficiência não convivia com a sociedade. Hoje em dia não é mais assim, mas ainda não aprendemos a incluir verdadeiramente essas pessoas em todos os espaços, o preconceito enraizado persiste por conta da falta de conhecimento e vivência com elas”, afirma.

A consultora ainda explica que a superproteção dos pais e a dificuldade de conquistar o primeiro emprego são outros fatores excludentes, mas que a organização busca saná-los ao empoderar as pessoas com deficiência. “A gente trabalha muito nesse sentido, de empoderar essas pessoas, mostrar que elas podem sim ir para a rua, pegar um ônibus, fazer um pagamento, que são situações mais complexas para quem tem alguma deficiência. Então, para além de capacitar e acompanhar profissionalmente, a gente auxilia nessa independência de vida”, conclui Cassiê.