Pesca nas baías de Paranaguá e Antonina cresce em 2017


Por Redação JB Litoral Publicado 23/01/2018 às 11h35 Atualizado 15/02/2024 às 00h56

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) registrou, em 2017, 400 toneladas de peixes e 25 mil dúzias de crustáceos e moluscos desembarcados e comercializados por pescadores em Paranaguá, Antonina e Pontal do Paraná. Trata-se do maior volume anual de pescados já contabilizados pelo programa de monitoramento da atividade pesqueira nos municípios do entorno dos Portos de Paranaguá e Antonina, que é feito desde 2013.

Desde 2013 a Appa em parceria com o TCP monitoram diariamente a pesca, em sete locais onde chegam os pescados que serão comercializados: no Mercado Público de Antonina, Portinho, Praia dos Polacos, Ponta da Pita, Vila dos Pescadores de Pontal do Sul, Mercado Público de Paranaguá, Ilha dos Valadares e Vila Guarani, em Paranaguá. O monitoramento da atividade pesqueira faz parte de uma série de ações implementadas pela Appa que buscam o equilíbrio entre a atividade portuária e a qualidade do meio ambiente onde está inserida.

Os dados obtidos pelo programa são fundamentais para a tomada de decisão no que se refere ao número de pescadores que atuam nas Baías de Paranaguá e Antonina, aos equipamentos e utensílios de pesca utilizados, volume e qualidade da produção pesqueira.

VOLUMES – Os entrepostos do Mercado de Paranaguá e Pontal do Sul receberam o maior volume de desembarque em peso, em 2017, com aproximadamente 330 toneladas, o que corresponde mais de 80% de toda produção desembarcada. O mercado de Paranaguá também foi responsável pela maior produção em dúzias, seguido do Portinho e Praia dos Polacos. Os três entrepostos pesqueiros receberam a produção de aproximadamente 20.000 dúzias, o que corresponde a mais de 90% da produção total.

Desde o início do programa, a diretoria de Meio Ambiente da Appa já registrou mais de quatro mil desembarques de aproximadamente 700 embarcações diferentes.

A produção registrada provém de 33 comunidades pesqueiras localizadas em todo o Complexo Estuarino de Paranaguá, que compreende as baías de Antonina e Paranaguá, situadas no eixo leste-oeste e as baías das Laranjeiras e Pinheiros, localizadas no eixo norte-sul.

Sandro Martins, pescador de Paranaguá reconhece a importância do monitoramento da atividade. “A vida de pescador nem sempre é fácil. A gente depende de muitos fatores, como o clima. E esse monitoramento ajuda as pessoas a conhecerem e valorizarem mais nosso trabalho. No começo a gente estranhou, mas depois compreendemos a importância disso, porque é para o nosso bem”, contou.

Monitoramento de Pesca pela APPA e TCP .

Medidas de proteção precisam ser cumpridas para garantir a atividade

Os órgãos ambientais responsáveis pelo monitoramento da pesca estabelecem uma série de normas para atividade pesqueira. O intuito é garantir a sustentabilidade dos recursos e longevidade da atividade pesqueira.

Entre as normas estabelecidas estão as restrições de áreas de pesca, definição do tamanho da primeira captura e períodos de restrição à captura (defesos). A adoção de defesos consiste em restringir a captura em períodos de grande sensibilidade para as espécies, como é o caso dos períodos reprodutivos. Os períodos mais quentes do ano (primavera e verão) são de grande importância para a reprodução de vários recursos pesqueiros, o que justifica o defeso das espécies.

Confira os períodos de defeso de algumas espécies:
Todas as espécies de camarão dentro das baias: 15 de dezembro a 15 de fevereiro

Arrasto de fundo motorizado para a captura de camarão rosa, camarão sete barbas, camarão branco, santana ou vermelho e barba ruça

1º de março a 31 de maio: Bagre amarelo ou cangata e bagre parare

1º de janeiro a 31 de março: Caranguejo uçá

15 de março a 30 de novembro: Enchova ou Anchova

1º de novembro a 31 de março: Marisco

1º de setembro a 31 de dezembro: Ostras

18 de dezembro a 18 de fevereiro: Robalo peva e flecha meses de novembro e dezembro; Sardinha verdadeira: 1º de novembro a 15 de fevereiro

Fonte: AEN