Polêmica sobre reintegração de posse em Paranaguá: Miramar esclarece que famílias antigas não serão despejadas

De acordo com a empresa, a reintegração se limita à área invadida em 2020, e não afeta as famílias que residem no local há mais de 30 anos.


Por Luiza Rampelotti Publicado 27/08/2024 às 11h21

A polêmica sobre a reintegração de posse de um terreno na Colônia Santa Rita, em Paranaguá, ganhou novos contornos nos últimos dias. Após reportagem do JB Litoral que apontava a possibilidade de 19 famílias serem despejadas na última sexta-feira (23), a Miramar Transportes e Serviços LTDA, proprietária do terreno, encaminhou uma nota com a sua versão dos fatos.

De acordo com a empresa, a reintegração se limita à área invadida em 2020, e não afeta as famílias que residem no local há mais de 30 anos. “A reintegração de posse em questão não contempla os imóveis das famílias situados a direita da estrada de terra de acesso ao imóvel, sendo estas famílias, as que residem no local a mais de 30 anos, estando resguardado eventual direito adquirido pelo tempo de ocupação“, informou.

Em nota enviada ao JB Litoral, a Marimar ainda esclareceu sua posição sobre o processo de reintegração de posse. “A liminar que determinou a reintegração foi concedida há três anos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, mas seu cumprimento foi suspenso devido à pandemia. Durante esse período, várias tentativas de conciliação foram realizadas, com a participação de representantes de diversas entidades públicas, mas sem sucesso”, disse.

A empresa também informou que, ao longo das negociações, foi constatado que invasores continuaram realizando obras e alterações no imóvel, desobedecendo uma decisão judicial que determinava a paralisação de qualquer modificação na área sob pena de multa.

Por fim, a empresa esclareceu que a reintegração de posse não ocorreria na sexta-feira (23), como noticiado. “A liminar somente será cumprida após a intimação de todos os envolvidos no processo, o que deverá acontecer nos próximos dias. Caso as famílias não desocupem o local voluntariamente após o prazo de 30 dias, a medida será cumprida de forma forçada, com o auxílio da Polícia Militar do Paraná”, afirmou.

Confira a nota completa:

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