Pontal do Paraná capacita costureiras que poderão fornecer uniformes escolares para a rede municipal de ensino


Por Flávia Barros Publicado 15/10/2023 às 21h18 Atualizado 19/02/2024 às 02h18

Já de olho no ano letivo de 2024 e com o objetivo de promover a economia local e garantir uniformes escolares de qualidade, a Prefeitura de Pontal do Paraná, por meio da secretaria de Assistência Social, em parceria com Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar), está atualmente capacitando 60 profissionais de costura. Este é o primeiro passo para a confecção de uniformes escolares por microempreendedoras individuais (MEIs) que moram na cidade e poderão prestar serviço à administração municipal.

Os cursos “Princípios de Confecção Industrial” (turmas 1 e 2, com 36 horas/aula) e “Técnicas de Costura Industrial com Ênfase em Uniformes” (96 horas/aula) estão em andamento para formar um time de 60 costureiras e costureiros em Pontal do Paraná. As aulas são ministradas por instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Paraná).

Em três frentes


De acordo com a gestão, uma turma com 20 alunos concluiu o curso básico no final de setembro e a segunda turma com mais 20 alunos iniciou a capacitação na última quarta-feira (5), totalizando 40 pessoas. Já a terceira turma, que fecha esse primeiro ciclo de formação em 60 profissionais, é a do curso avançado, com aperfeiçoamento de 20 profissionais que já realizaram trabalhos junto ao Provopar.

As aulas são ministradas por instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Paraná). Foto: Prefeitura de Pontal do Paraná


Formalização para prestação de serviço


Além dos cursos, a Prefeitura disponibiliza orientação para formalização de microempreendedores individuais (MEIs), com a atuação da Sala do Empreendedor e do Escritório de Compras Públicas, como condição para que os profissionais de confecção prestem serviços ao município. O prefeito Rudisney Gimenes Filho, o Rudão Gimenes (MDB), afirma que a intenção é gerar emprego e renda com a formalização dos (as) costureiros (as) que se transformarão em MEIs.

Queremos que o dinheiro fique no município e impulsione a economia local garantindo uniformes escolares com qualidade para nossos alunos, além de gerar emprego e renda a quem produz”, explica o prefeito.

Numa etapa seguinte, após a capacitação e formalização, o município compra os insumos e quem confeccionar uniformes receberá pelos serviços”, completa Rudão.

Já a vice-prefeita, Patrícia Millo Marcomini (MDB), que também é secretária de Assistência Social, destaca as parcerias com Provopar e Senai como fundamentais para o sucesso da iniciativa. “Com a capacitação das turmas avançamos para que a cidade produza seus próprios uniformes e fazemos a diferença diretamente na vida dessas pessoas, dos alunos e da cidade em geral”, diz Patrícia.

Estrutura e encaminhamento


Depois de concluídas as formações, a produção dos uniformes será feita em duas salas de costura que ficarão no Provopar e outra no Centro PRAIA tanto por quem passou pela capacitação como por costureiras que comprovem habilidade.

“Poderá participar mesmo quem não fez o curso, desde que demonstre habilidade. Haverá um teste de avaliação feito pelo Provopar e os aprovados serão encaminhados para formalização como MEIs”, explica Francisca Moura Kaminski, coordenadora do Projeto Retalhando, do Provopar. A iniciativa acolhe e encaminha mulheres para cursos de economia doméstica que incluem costura com aproveitamento de retalhos da indústria têxtil.

Além dos uniformes, quem for prestar serviço à Prefeitura também produzirá sacolas ecológicas reutilizáveis, feitas em tecido de material reaproveitado, em substituição às sacolas plásticas.