Segundo caso de gripe aviária no Litoral é confirmado em Pontal do Paraná


Por Redação Publicado 28/06/2023 às 10h55 Atualizado 18/02/2024 às 15h19

Com a confirmação de mais um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Litoral, desta vez em Pontal do Paraná, o estado integra a lista de regiões do Brasil que unem esforços para conter o avanço da gripe aviária e evitar a contaminação de aves comerciais.

Agora, o Paraná tem dois casos de gripe em aves silvestres da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus) no Litoral. O primeiro, em Antonina, foi confirmado na noite de sexta-feira (23). O segundo, com amostra colhida no dia 22 em Pontal do Paraná, foi confirmado no início desta semana pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.

De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), as medidas de vigilância em propriedades em torno dos focos estão em andamento e mais um caso, também no Litoral, está em investigação.

Apesar dos diagnósticos, a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o governo estadual está atento à produção e ao status sanitário do Paraná. “Esse é o momento de reforçar, junto aos nossos produtores rurais, os cuidados com suas propriedades, e impedirmos que a doença chegue à avicultura comercial. O governo tem uma forte estratégia de intervenção”, afirma o secretário.

Na segunda-feira (26), a Adapar publicou uma portaria para suspender temporariamente a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves do Litoral, impedindo que cheguem a outras regiões do Estado.

Noite e dia estamos trabalhando, e pedimos à sociedade que continue informando a Adapar sobre casos suspeitos. Também fazemos um apelo aos produtores para que tomem os cuidados necessários”, diz o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.

Cuidados necessários

Os donos de aviários devem reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.

Sobre a doença

A Influenza Aviária (IA) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente.

A Influenza Aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos nervosos, digestivos e/ou respiratórios, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarréia.

Até a segunda-feira (26), a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade foi identificada em aves silvestres nos seguintes estados: Espírito Santo (26 focos), Rio de Janeiro (13 focos), Rio Grande do Sul (1 foco), São Paulo (3 focos), Bahia (3 focos) e Paraná (1 foco), totalizando 48 focos em todo o País.

*Com informações da AEN