Sindiadubos volta a realizar simpósio após dois anos sem eventos presenciais


Por Flávia Barros Publicado 31/10/2022 às 19h55 Atualizado 17/02/2024 às 20h30

Depois de dois anos com o mundo tendo que conviver com uma série de restrições devido à pandemia de Covid-19, dentre elas o isolamento social – em que não era possível a realização de grandes eventos e simpósios – a fase, agora, é de retomada das celebrações, a exemplo do 16º Simpósio Sindiadubos Paraná (Simpósio Sindiadubos NPK 2022), realizado na última quinta-feira (27), com cerca de 700 participantes, no Centro de Eventos do Sistema Fiep, em Curitiba.

Além do networking, o objetivo das palestras foi divulgar os números relacionados ao setor de fertilizantes e discutir as perspectivas para o mercado diretamente ligado à produtividade agrícola.

O evento contou com a participação dos principais importadores e operadores portuários do Brasil, além dos maiores exportadores de fertilizantes para o país, como China, Rússia e Emirados Árabes. O presidente do Sindiadubos Paraná, Aluísio Teixeira, destacou que a produção do agronegócio no Paraná atraiu o mercado para o evento. “Os participantes vêm em busca de informação para saber qual caminho tomar, vêm atrás das novidades dos portos paranaenses e, ainda, dos números de adubos no Brasil. O evento foi um sucesso surpreendente, com mais de 700 pessoas inscritas, um recorde total de quase todos eventos do setor no Brasil. A gente ficou muito satisfeito com as palestras, com a presença e o feedback dos participantes”, disse.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Paranaguá (STIQFAPAR), Arildo do Nascimento, comemorou o retorno do evento presencial. “Eu, como presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Paranaguá, fico muito feliz que depois de dois anos o Sindiadubos voltou a ter o simpósio presencial. Isso é muito importante para todas as classes trabalhadoras e também patronal, pois mostra a importância que o nosso porto tem na escoação dos fertilizantes. O sindicato vai sempre estar ao lado dos trabalhadores em busca de novos recordes de posição. Parabenizo a todos os trabalhadores por este feito”, falou ao JB Litoral.


CENÁRIO DOS PORTOS


A importância dos Portos de Paranaguá e Antonina para a cadeia logística de fertilizantes no País foi um dos destaques do evento. A Portos do Paraná apresentou dados da movimentação de cargas, a evolução histórica da importação de fertilizantes, as medidas operacionais para agilizar a descarga do produto e os investimentos em infraestrutura terrestre e marítima, que devem chegar a R$ 2,4 bilhões até 2024.

O diretor de operações e diretor-presidente em exercício da empresa pública, Luiz Teixeira da Silva Júnior, afirmou que a Portos do Paraná, como autoridade portuária, está atenta ao aumento de demanda do mercado. “Percebemos que operadores portuários estão investindo em armazenagem e em equipamentos de última geração, com a construção de novos armazéns voltados à importação de fertilizantes”, declarou durante o simpósio.

De acordo com a estatal, os portos de Paranaguá e Antonina lideram o ranking nacional da importação de adubos, sendo a principal porta de entrada no País para o produto. Em 2021, a participação nacional dos terminais paranaenses chegou a 30%.

Luiz Teixeira da Silva Junior durante palestra sobre os Portos do Paraná, no Simpósio do Sindiadubos. Foto: Rodrigo Félix Leal


EVOLUÇÃO


Ainda segundo dados divulgados pela Portos do Paraná, na última década, a movimentação geral nos terminais paranaenses saltou de 44,5 milhões de toneladas para 57,5 milhões, em 2021. O crescimento é atribuído, em grande parte, aos granéis sólidos movimentados no Estado, principalmente fertilizantes. A evolução no período passou de 8,9 milhões de toneladas, em 2012, para 11,5 milhões, em 2021.

DOS QUATRO CANTOS DO MUNDO


Além dos números que demonstram o crescimento, durante o simpósio do Sindiadubos o destaque foi a origem dos fertilizantes que chegam ao Paraná, com ênfase para Rússia, China, Canadá, Marrocos, Estados Unidos, Belarus, Egito, Catar, Argélia e Nigéria. Entre os principais produtos descarregados no Estado, estão: cloreto de potássio; sulfato de amônio; ureia; map; superfosfato simples (outros); superfosfato; minerais ou químicos; fosfatos de cálcio; fertilizante minerais; químicos com nitrogênio e fósforo; adubos ou fertilizantes com nitrogênio; fósforo; potássio e nitrato de amônio.